(Arquivo HD)
Na tarde desta quarta-feira (2), o Galatasaray, da Turquia, anunciou que Cris, de 35 anos, rescindiu seu contrato com a equipe. Assim, o defensor, que teve marcante passagem pelo Cruzeiro, entre 1999 e 2004, está livre para negociar com qualquer clube brasileiro. O Grêmio, que é treinado por Vanderlei Luxemburgo, confesso admirador de seu futebol, surge como um dos potenciais destinos do atleta. O problema é que uma antiga suspensão pode atrapalhar os planos do zagueiro de atuar em solo tupiniquim.
Em maio de 2004, quando ainda defendia o Cruzeiro, Cris pegou gancho de 270 dias, em decorrência da briga com o goleiro Eduardo, do Atlético, que aconteceu logo após a final do Campeonato Mineiro daquele ano. Pela confusão com arqueiro alvinegro e o arremesso de uma lata de fumaça azul em direção à torcida adversária, o zagueiro foi enquadrado nos artigos 253 e 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por agressão ao adversário e assumir conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva. Logo após o gancho foi reduzido para 180 dias, em decisão do Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Cris se envolveu em briga na final do Campeonato Mineiro de 2004 (Foto: Carlos Roberto)
Após a punição, Cris foi negociado com o Lyon, da França, e o Cruzeiro não deu entrada com um pedido de liminar ou transferência da punição para o exterior, pois, conforme o supervisor de futebol da equipe, Benecy Queiroz, "à época, o procurador do Tribunal de Justiça não concedia efeito suspensivo ou liminar". Com isso, o zagueiro chegou ao clube francês sem cumprir a pena e lá permaneceu até julho de 2012, quando foi negociado com o Galatasaray, seu último clube.
Porém, segundo o procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, o jogador teria de cumprir a pena caso retorne ao Brasil, uma vez que o gancho não foi prescrito e está suspenso. " Cris tem de cumprir a pena. Se ela não foi cumprida no exterior, o jogador deverá cumpri-la no Brasil, uma vez que ela foi suspensa quando ele foi negociado", afirmou.
Conforme o Regulamento da Fifa sobre o estatuto de transferência de jogadores, a punição disciplinar aplicada a Cris no Brasil deve ser cumprida somente perante a associação nacional do clube onde foi determinada a pena.