Cruzeiro começa em ritmo alucinante, faz três gols, mas cede empate para o Palmeiras

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
28/06/2017 às 23:41.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:07
 (Marcello Zambrana/Lightpress)

(Marcello Zambrana/Lightpress)

Um embate cheio de história, carregado de rivalidade não poderia ser diferente do que foi. Nesta quarta-feira (28), o que se viu no Allianz Parque foi um aula de futebol, do Cruzeiro no primeiro tempo, e do Palmeiras no segundo. O 3 a 3 resume bem isso e mostra o quão intenso foi o duelo entre os Palestras, mineiro e paulista, no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. 

Marcado não só pela tradição do encontro, que já definiu o próprio mata-mata em duas oportunidades, o confronto teve a “lei do ex” também como destaque. Pelo lado do Cruzeiro, Robinho, ex-Pàlmeiras, fez um gol, o centésimo da carreira. No lado Alviverde, Dudu (duas vezes) e Willian “do Bigode” mostraram que o gol contra ex-clube não é mero detalhe. Thiago Neves e Alisson fizeram os outros tentos celestes.

O jogo de volta entre Raposa e Porco está marcado para o dia 26 de julho, às 21h45, no Mineirão. O próximo compromisso celeste será pelo Campeonato Brasileiro, neste domingo, contra o arquirrival Atlético, no Independência, às 16h. Já o Palmeiras recebe o Grêmio no sábado, também às 16h. 

O Jogo

Como não poderia ser diferente, o Palmeiras iniciou o jogo de forma elétrica, partindo para cima e chamando a responsabilidade, como manda o manual do mandante no futebol. Com um ritmo intenso o Alviverde mantinha a bola no campo defensivo celeste nos minutos iniciais e deu indícios de que complicaria bastante a vida da Raposa no Allianz Parque. Fogo de palha. 

O primeiro tempo foi todo do Cruzeiro. Com exceção de uma linda jogada de Guerra, que pegou a bola no meio-campo e quase fez um golaço, o Palmeiras não fez praticamente mais nada na etapa inicial. E um minuto após o lance plástico do meia palmeirense, Thiago Neves calou o Allianz Parque pela primeira vez. 

Em um contra-ataque fulminante, Alisson disparou pela esquerda e foi acompanhado por Diogo Babosa, que recebeu o passe e conseguiu dar a assistência para Thiago Neves arrancar o grito de gol da gargante dos cruzeirenses Brasil afora: 1 a 0.

Com muita força ofensiva e um sistema defensivo muito compactado, o Cruzeiro encurralou o Palmeiras. A equipe de Cuca, desorganizada taticamente, sofria a cada investida de ataque cruzeirense. 

Aos 19 minutos, a “lei do ex” entrou em ação pela primeira vez. Robinho, que entre 2015 e 2016 vestiu a camisa do Palmeiras, balançou as redes do ex-companheiro Fernando Prass. Um gol importante para o meio-campista, o centésimo da carreira do jogador. 

O Palmeiras estava atordoado. Melhor para o Cruzeiro, que ainda fez o terceiro gol. Alisson, que assinou sua renovação contratual nesta quarta-feira – novo vínculo até 2021 – deixou o estádio palmeirense atônito: 3 a 0.

Mas quem imaginava que o jogo estava decidido, ledo engano. Se o primeiro tempo foi do Cruzeiro, a segunda etapa foi toda do Palmeiras. O Verdão conseguiu o empate de forma heroica, também aproveitando-se da fatídica “lei do ex”. Dudu, duas vezes, e Willian “do Bigode” deixaram o torcedor alviverde em êxtase. 

Se nem o mais otimista cruzeirense esperava um 3 a 0 no começo do jogo, o palmeirense mais crédulo também não imaginava um empate tão rápido.

Cuca organizou sua equipe, apostou em peças ofensivas e contou com a estrela de seu capitão. Apesar de “esquentado” - xingou muito o árbitro e seus assistentes no primeiro tempo -, mostrou forte poder de finalização diante do ex-companheiro Fábio. 

Enquanto o Palmeiras dominava o segundo tempo, Mano Menezes gesticulava e reclamava na beirada do campo. O time da casa era só pressão e a zaga celeste precisou trabalhar para minimizar o prejuízo, já que os cruzeirenses venciam por um placar considerável ao fim do primeiro tempo. 

Apesar do empate, o Cruzeiro ainda leva boa vantagem para Belo Horizonte. A Raposa se classifica às semifinais com um empate ou vitória simples. 

FICHA TÉCNICA

PALMEIRAS 3 X 3 CRUZEIRO

Motivo: Jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil
Local: Allianz Parque, em São Paulo
Arbitragem: Jailson Macedo de Freitas (BA)
Auxiliares: Alessandro A. Rocha de Matos (BA) e Elicarlos Franco de Oliveira (BA)
Gols: Thiago Neves, aos seis minutos, Robinho, aos 19 e Alisson, aos 30 minutos do primeiro tempo; Dudu, aos seis minutos, aos 15 minutos, e Willian, aos 19 minutos do segundo tempo. 
Cartão amarelo: Lucas Romero, Rafael Sóbis, Hudson, Ramón Ábila (CRU); Thiago Santos, Willian (PAL) 
Cartão vermelho: Não houve
Público: 32.067
Renda: R$ 1.996.242,72

PALMEIRAS – Fernando Prass; Fabiano (Egídio), Edu Dracena, Yerri Mina e Zé Roberto; Thiago Santos, Tchê Tchê e Guerra (Borja); Roger Guedes (Keno), Dudu e Willian. Técnico: Cuca.

CRUZEIRO - Fábio; Ezequiel, Léo, Caicedo e Diogo Barbosa; Lucas Romero (Hudson), Ariel Cabral (Henrique), Robinho (Ramón Ábila) e Thiago Neves. Alisson e Rafael Sóbis. Técnico: Mano Menezes.

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