Cruzeiro lidera polêmicas de arbitragem no Brasileirão, mas fica no 0 a 0, assim como o Atlético

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
20/09/2017 às 09:48.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:38
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O gol de mão do atacante Jô, decretando a vitória do Corinthians sobre o Vasco, por 1 a 0, no domingo, vai acelerar a utilização do árbitro de vídeo nas competições nacionais. A CBF pretende implantar a tecnologia já a partir da 25ª rodada da Série A e no duelo de volta pela final da Copa do Brasil, entre Cruzeiro e Flamengo, no próximo dia 27, no Mineirão. 

Antes mesmo do lance capital, porém, uma novidade já havia sido adotada. Desde o início do Brasileirão, a Comissão de Arbitragem da CBF analisa as polêmicas de cada rodada.

Com base nesta análise, chega-se à conclusão de que 31 jogos da Série A já foram afetados por erros graves, entre gols irregulares ou mal anulados, pênaltis não marcados ou mal assinalados, e expulsões que não ocorreram ou deveriam acontecer.

O clube com mais ocorrências é o Cruzeiro. A equipe celeste, contudo, fica no “zero a zero”, pois foi favorecida quatro vezes e prejudicada em outras quatro.

Situação idêntica vive o Atlético, embora com menos polêmicas, pois foi beneficiado duas vezes e atrapalhado outras duas. 
O Estado com mais motivos para protesto é a Bahia, pois seus dois clubes, que brigam contra o Z-4, estão no “G-4” do prejuízo. O “líder” é o Tricolor, que não foi ajudado nenhuma vez e lesado em três ocasiões.

Apesar de a mão de Jô ter sido o terceiro erro a favor do Timão, o líder da Série A não é o maior beneficiado, pois também já teve dois lances mal assinalados.

O vice-líder Grêmio e o terceiro colocado Santos ainda não sofreram prejuízo, mas já foram ajudados duas vezes cada.
“Vai ser a maior lambança, porque não estão preparados. Eu posso pedir? O meu capitão pode pedir? Só o juiz? Quantos pedidos? Qual o critério? Um árbitro de vídeo entrar faltando 15 rodadas porque teve um erro crasso na última? Espera para o ano que vem. Como vai fazer algo que não tem regra. E o tempo? Pode jogador pressionar o árbitro nessa hora ou vai dar cartão? Qual a regra?”, questiona o técnico Cuca, do Palmeiras.

“Tem tudo para ser uma lambança ainda pior. Vamos torcer para esclarecer as regras, porque cada um quer o que é seu de direito. O árbitro de vídeo vai ter só no jogo grande, da TV, ou no pequeno também, que é tão importante quanto? Isto custa caro, mas precisa ter nos dez jogos (da rodada)”. A fala do treinador mostra que o desafio da CBF não é pequeno.

 

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