Cruzeiro nega que problemas de relacionamento ajudaram na demissão de Paulo Bento

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
26/07/2016 às 17:51.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:01

Seis mudanças no comando técnico da equipe em 13 meses, essa é a realidade do Cruzeiro, que oficializou na última segunda-feira a contratação de Mano Menezes, o terceiro técnico do clube celeste somente nesta temporada.

Um dia após a demissão de Paulo Bento do comando da equipe estrelada, o diretor de futebol Thiago Scuro justificou à saída do treinador português e negou que o ex-comandante deixou à Toca II por problemas de relacionamento com funcionários do clube. 

“Acho que não teve influência nos resultados este aspecto (relacionamento). Não procede essa informação. Talvez ele tenha tido uma postura mais pragmática. Vem da cultura de onde ele vem. Mas de uma forma diferente da que estamos habituados. Não acho que isso seja determinante", comentou. 

Ainda como justificativa para a saída de Bento, o dirigente celeste também afirmou que o Cruzeiro não buscou Mano Menezes durante o período em que o europeu ainda dirigia o clube. "Depois da saída do Paulo iniciamos os contatos com o Mano (Menezes). O fato de o Mano Menezes estar livre não influenciou na saída do Paulo Bento. Que bom que depois da decisão tomada pudemos trazer o Mano. Só tivemos a respostas depois da decisão de saída do Paulo Bento. Independentemente de estar numa situação difícil ou não, o profissionalismo sempre será de alto nível”, disse.

O dirigente preferiu não falar em sentimento de frustração, mas admitiu que esperava mais de Paulo Bento, principalmente em relação ao aproveitamento e desempenho do treinador à frente da Raposa.

“A frustração não é o termo. A gente tinha expectativa por bons resultados. Só que o resultado condiciona muitas coisas no esporte de alto rendimento. E a partir do momento que um clube do tamanho do Cruzeiro não traduz bom trabalho em resultados, se constrói um cenário que não é o sucesso. O resultado incomoda todo mundo”, analisou.


Após 17 jogos, sendo seis vitórias, três empates e oitos derrotas, Bento não resistiu à pressão, principalmente das arquibancadas, e foi avisado de sua demissão. A decisão da cúpula cruzeirense não agradou muito ao português, que, segundo apurou o Hoje em Dia, acreditava em cumprir todo o seu contrato, válido até o fim de 2017.

Ainda segundo Thiago Scuro, Paulo Bento se relacionava bem com os funcionários do clube. E o dirigente acredita que não houve problema de relacionamento entre o português e membros da comissão fixa do Cruzeiro. Detalhe apontado por muitos como fator que teria levado o treinador ao fracasso na Toca II.

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