Cruzeiro se reúne com Ministério Público e Vicintin retruca Castellar: 'Kalil manda nele'

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
27/04/2017 às 17:16.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:18

A diretoria do Cruzeiro não mede esforços para fazer valer o direito de seu torcedor assistir, in loco no estádio, o segundo jogo da final do Campeonato Mineiro, no domingo (7). Sabendo que se a decisão do Estadual for no Independência, por escolha do Atlético, a Polícia Militar já indicou que o clássico será de torcida única, apenas para o mandante, o que contraria o desejo da cúpula estrelada e sua torcida.

Por isso, o vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Bruno Vicintin, se reuniu nesta quinta-feira (27) com membros do Ministério Público, na sede do órgão, para buscar um entendimento e a autorização para que os cruzeirenses estejam no estádio caso o duelo seja mesmo no Independência.

“O Ministério Público foi o primeiro órgão a atender o Cruzeiro Esporte Clube. Passamos para eles a questão que o Cruzeiro está lutando, não por mudar a decisão de mando de campo do rival, mas pelo direito do nosso torcedor de assistir à final. Respeitamos demais a Polícia Militar, respeitamos e a segurança. Pedimos para o nosso torcedor nos apoiar durante os 90 minutos, pois teremos um jogo difícil. E que o torcedor vá em paz, pois precisamos dele no estádio. Estamos afirmando ao torcedor que estamos lutando para garantir o direito dele de assistir a grande final, um dos grandes eventos esportivos do estado de Minas Gerais”, disse Vicintin à imprensa.

Ainda de acordo com o vice de futebol da Raposa, o MP se sensibilizou com o pedido do Cruzeiro e irá analisar o pedido feito pelo clube. “O Ministério (Público) ficou sensível, escutou tudo e disse que ia estudar o caso, analisar. Queremos agradecer por ter nos atendido”, comentou.

Sobre a troca de farpas com o presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), Castellar Guimarães Neto, Bruno Vicintin não poupou acidez. “Ele tem o direito de não querer falar comigo, assim como eu não quero falar com ele. Ele quer falar só com o meu chefe, o presidente Gilvan, e e tamvém só quero falar com o chefe dele, o prefeito Alexandre Kalil, que é quem manda nele”, disparou. 

O dirigente celeste ainda acusou a FMF de não brigar pelos direitos do Cruzeiro e, ainda, de menosprezar o clube, ao ser perguntado se a entidade “lavou as mãos” ao não cumprir o artigo 27 do regulamento da competição – que diz que as fases semifinal e final são da Federação.

“Obrigação da Federação, mas parece que ela não tem interesse em tratar bem o Cruzeiro e o torcedor do clube”, criticou, também alfinetando o presidente atleticano Daniel Nepomuceno, que disse que o jogo seria com torcida única no Independência.

“Ele falou isso, mas pode falar sobre onde o jogo vai ser. De torcida única, isso não faz parte do regulamento. E o que procuramos é que o regulamento seja cumprido”, concluiu. 

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