Não reverter a vantagem do Atlético - de jogar por dois resultados iguais para se tornar campeão mineiro - passou longe de preocupar o técnico do Cruzeiro, Mano Menezes. Para ele, inclusive, a Raposa foi muito superior ao Galo durante os primeiros 90 minutos da final do Estadual, que terminou em 0 a 0, no Mineirão.
"O time me agradou muito. Agrediu e buscou a vitória. Saimos com a consciência tranquila porque tivemos muita atitude como equipe. Fomos bastante superiores no clássico, pois os números não deixam dúvida", comenta Menezes.
"A necessidade da vitória a gente já tinha. Agora temos que fazer algo diferente para sermos campeões. Vamos continuar jogando assim. Nos outros clássicos reclamaram que não tivemos volume, que atacamos pouco, mas hoje fizemos tudo isso", acrescenta.
Em relação a arbitragem de Dewson Freitas, Mano não rasga elogios, assim como fez ao time. Insatisfeito com o comportamento do árbitro, o treinador celeste questionou o "receio" do dono do apito em dar cartões aos jogadores do Atlético.
"Tivemos uma arbitragem dolorosa. Não aplicou cartões amarelos, principalmente para jogadores do Atlético que já tinham dois cartões. Gabriel deveria ter sido expulso após falta em direção ao gol e o Marcos Rocha deveria ter sido amarelado", reclama o gaúcho.
Superioridade
Sobre a falada superioridade em campo, Menezes, questionado se foi por méritos da Raposa ou por falhas do adversário, deixa a resposta para o próximo domingo (7), na grande decisão, marcada para o Independência.
"O futebol é surpreendente. No próximo jogo saberemos se foi estratégia do Atlético (jogar mais recuado) ou se haverá novamente domínio do nosso time. O Roger pode ter recuado para dar mais espaço ao Cruzeiro, ou foi mérito nosso de ocupar aquele espaço. No segundo jogo talvez venha a resposta", finaliza.