Cruzeiro x Atlético desta quarta deve ter só dois jogadores do último clássico de torcida divida

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
28/01/2017 às 23:28.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:37

Por uma singela diferença de dois dias, Atlético e Cruzeiro não retomarão o clássico de torcida igualmente dividida depois de exatos três anos. A última vez que esta fato raro do Novo Mineirão ocorreu foi justamente na reabertura do estádio, em 3 de fevereiro de 2013, em confronto que serviu como pontapé do Campeonato Mineiro. A certeza é que o espetáculo desta quarta-feira (1º), será totalmente modificado em relação ao último "episódio", principalmente na infraestrutura do estádio, tão combalida naquela tarde quente de domingo com falta d'água no Gigante.

Em campo, o efeito transformador do campo será notório. Para o clássico válido pela Primeira Liga desta quarta-feira, apenas dois personagem dos 28 jogadores e dois treinadores que protagonizaram aquele encontro de 2013 poderão estar novamente em campo. Do lado atleticano, o lateral-direito Marcos Rocha manterá a posição e poderá até mesmo fazer esquecer que foi o autor do primeiro gol do Mineirão, pois, infelizmente para ele e para o Atlético, o tento foi contra.

No Cruzeiro, o atacante Alisson também pode estar presente. Dependendo de como o joelho esquerdo do jogador reagir ao trauma do jogo contra o Villa Nova, o atleta poderá se manter como titular de Mano Menezes, algo que não aconteceu há 36 meses. O atleta foi suplente daquele clássico no qual a Raposa venceu por 2 a 1, entrando no lugar do volante/lateral-esquerdo Everton, atualmente no Figueirense.Washington Alves/Lightpress/Cruzeiro e Bruno Cantini/Atlético

Alisson e Marcos Rocha foram titulares de Cruzeiro e Galo, respectivamente na estreia do Mineiro

TÉCNICOS SEM TIME
O resultado do último clássico com torcida dividida fortaleceu a chegada de Marcelo Oliveira ao Cruzeiro, que teve a contratação fortemente criticada pela torcida celeste, pelo seu passado atrelado ao Atlético. No outro banco de reservas, a derrota não teve maiores efeitos para o técnico Cuca, que levantaria o caneco do Estadual, no fim. 

Curiosamente, três anos depois, os dois treinadores que mais venceram no futebol brasileiro de 2013 para cá estão desempregados. Marcelo saiu do Atlético e Cuca não renovou com o Palmeiras, após o título do Brasileirão 2016, preferindo tirar um tempo de descanso.

DESEMPREGO
Por falar em treinadores sem clubes, cinco jogadores daquele clássico que reabriu o Mineirão, com 50% de atleticanos e 50% de cruzeirenses nas arquibancadas, também estão soltos no mercado. O zagueiro Bruno Rodrigo não renovou com o Cruzeiro e o atacante Dagoberto, após passagem por Vasco e Vitória, busca novo rumo. No Galo, Ronaldinho, Junior César e Araújo também estão sem clube e "virtualmente" aposentados.

A aposentadoria oficial abateu em dois jogadores que foram suplentes do clássico de 2013. E ambos viraram executivos da bola. Gilberto Silva, que saiu do Galo movendo uma ação trabalhista, foi diretor de futebol do Panathinaikos, da Grécia e saiu da equipe no fim do ano passado. Já Tinga, que entrou no lugar de Everton Ribeiro, virou gerente de futebol do Cruzeiro em 2017.

LESÃO
Além de Marcos Rocha e Alisson, outros dois jogadores bem que poderiam estar neste clássico do "dejá vù". Os goleiros Victor e Fábio, ídolos das respectivas torcidas, não poderão defender as metas de Galo e Raposa, pois ambos se recuperam de lesões e só devem retornar no andamento do Estadual.

Apesar de não estar no DM do Atlético e ter jogar o clássico de 2013, o zagueiro Leonardo Silva tem poucas chances de atuar nesta quarta-feira, pois se recuperou recentemente de lesão muscular na coxa e não atua desde outubro do ano passado. 

AMULETO
O duelo que reinaugurou o Gigante da Pampulha foi uma demonstração das equipes que ambos os clubes estavam montando para duas temporadas que viriam. O Atlético venceu a Copa Libertadores no mesmo ano e seria campeão da Copa do Brasil de 2014. O Cruzeiro, por sua vez, foi bicampeão brasileiro. Agora, que o novo clássico de torcida dividida possa retomar as conquistas da dupla, que passaram 2015 e 2016 em branco (exceto pelo Estadual do Galo em 2015).Agência i7 e Bruno Cantini/AtléticoCruzeiro 2x1 Atlético foi a abertura do Mineiro 2013 e ainda a reinauguração do Mineirão

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