Como nos tempos de goleiro, Rogério Ceni vê Raposa ameaçar seus planos

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
19/04/2017 às 08:54.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:11

Como goleiro, Rogério Ceni tem o Cruzeiro como parte importante da sua história, pelos feitos individuais alcançados sobre a Raposa e, também, grandes tropeços na carreira tendo o clube cinco estrelas como algoz.

No início da sua história como treinador, a Raposa volta a cruzar o caminho de Ceni, que pode viver hoje, no Mineirão, a partir das 19h30, a primeira grande decepção na nova função, a eliminação da Copa do Brasil.

Diante do Cruzeiro, apesar de ter se tornado o maior goleiro-artilheiro em 2006 – ultrapassando o paraguaio Chilavert – e ter feito do clube uma de suas maiores vítimas, com sete gols sofridos da sua lista de 131, ele também chorou por perdas irreparáveis.

Em 2000, viu o título da Copa do Brasil, que o São Paulo segue sem ter, escapar nos minutos finais, na cobrança de falta de Geovanni, numa partida em que o tricolor jogava pelo empate, abriu 1 a 0 na metade do segundo tempo, mas levou a virada.

Em 2015, seu último ano como profissional, Rogério tinha contrato com o São Paulo até agosto, mas o vínculo seria prorrogado caso o time vencesse a Libertadores daquele ano. Mas caiu nas oitavas, diante do Cruzeiro, nas cobranças de pênaltis, no Gigante da Pampulha.

Como treinador
Agora, o ex-camisa 1 do São Paulo está perto de amargar o seu primeiro tropeço ante um adversário que, costumeiramente, é “pedra no sapato” em torneios mata-mata.

Com vasta experiência como atleta, mas ainda engatinhando no comando da equipe, “o Mito”, como é chamado pelos torcedores do São Paulo, pode sucumbir diante de Mano Menezes que, se como jogador não conseguiu carreira tão expressiva, sendo técnico está degraus à frente do agora companheiro de profissão.
 Washingtton Alves/ Cruzeiro

VANTAGEM – No primeiro duelo, Mano neutralizou as virtudes da equipe do Morumbi e levou os celestes à vitória


O atual comandante da Raposa já comandou a Seleção Brasileira, chegou à final da Libertadores, em 2007, pelo Grêmio, além de vencer a Copa do Brasil (2009) e o Campeonato Brasileiro da Série B (2008) pelo Corinthians.

Já Rogério Ceni, em uma semana, pode ver sua reputação ser intensamente julgada caso perca a vaga na Copa do Brasil e na final do Paulistão. No jogo de ida caiu, também no Morumbi, levou igualmente 2 a 0 do rival Corinthians.

“Vacinado” em competições eliminatórias, Mano sabia antes mesmo da partida de ida o que fazer para eliminar o São Paulo.

“O time que quer passar precisa fazer bem os 180 minutos. Quando faz a primeira parte ruim, fica inviável reagir. Tem de saber jogar com o regulamento e buscar o gol fora de casa. Esse é o caminho”, disse.

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