RAPOSA OFENSIVA

Confirmado pelo Cruzeiro, Zé Ricardo manterá perfil ‘agressivo e intenso’, determinado pela SAF?

Estilo de jogo que priorizasse o ataque foi definido por Ronaldo desde a chegada ao clube

Paulo Duarte
esportes@hojeemdia.com.br
05/09/2023 às 12:23.
Atualizado em 05/09/2023 às 21:19
Adepto de uma defesa sólida, times de Zé Ricardo marcam poucos gols (Daniel Ramalho/Vasco)

Adepto de uma defesa sólida, times de Zé Ricardo marcam poucos gols (Daniel Ramalho/Vasco)

Zé Ricardo foi confirmado como novo técnico do Cruzeiro para a sequência do Campeonato Brasileiro. Aos 52 anos, a Raposa é o sexto time do carioca no futebol nacional. Ele chega para ser o terceiro comandante do clube na era SAF, conduzida por Ronaldo Fenômeno.

Desde os primeiros dias sob a gestão de Ronaldo, de acordo com o diretor de futebol Pedro Martins, o Cruzeiro traçou um perfil de jogo. Com isso, o clube buscou nomes no mercado que se encaixavam nele, como foram os casos de Pezzolano e Pepa.

"O Pezzolano veio justamente porque a gente queria um treinador que conseguisse construir um futebol agressivo, intenso, que marcasse no campo do adversário. Um treinador com uma liderança forte", explicou o diretor de futebol, Pedro Martins, à época do acerto com o uruguaio.

Pezzolano comandou o Cruzeiro em 58 partidas e teve aproveitamento de 66,09%. Ao todo, foram 35 vitórias, dez empates e 13 derrotas, além de 94 gols marcados e 48 sofridos. Nas 38 rodadas da série B, foram 23 vitórias, nove empates e apenas seis derrotas.

Em março deste ano, Pezzolano deixou o clube. Sem perder tempo, o time celeste acertou a chegada do português Pepa, que, segundo Pedro Martins, tinha o mesmo perfil ofensivo que o ex-treinador. "O Pepa é um passo de continuidade, não existe uma ruptura na metodologia. Existe uma continuidade e alguns ajustes estratégicos", afirmou Pedro Martins; 

O início de Pepa na Toca da Raposa II foi além do esperado, com o time fazendo bons jogos no Brasileirão, conquistando quatro vitórias nas seis primeiras partidas. O time apresentava volume ofensivo, sofrendo poucos gols. 

Porém, após perder os pilares no meio-campo, como Richard e Ramiro, o treinador passou a ter dificuldades para encontrar o melhor time e o desempenho da equipe foi despencando.

Com isso, Pepa foi demitido, deixando a Raposa com um aproveitamento de 38%. Dos 25 jogos que esteve à frente da equipe foram 7 vitórias, 8 empates e 10 derrotas.

Para tentar retomar os rumos, a escolha por Zé Ricardo tem como pilar a boa gestão de grupo. E a agressividade, proposta pela SAF Cruzeiro? Analisando os clubes que trabalhou no Brasil, os times do treinador apresentam mais segurança defensiva do que intensidade no ataque. 

Com placares magros, as equipes de Zé Ricardo se livraram de zonas de rebaixamentos e conquistaram pontos importantes no Brasileirão que culminaram em vagas para a Libertadores, como aconteceu no Flamengo, Vasco e Internacional. 

O estilo reativo do comandante é aplicado nos sistemas 4-4-2, ou  4-2-3-1, que são os mais adotados por Zé Ricardo. As construções de jogadas ofensivas passam muito pelas laterais e um meio-campista ofensivo, que aparece sempre na grande área do adversário,  são os que mais se destacam nas equipes do comandante carioca.

Dessa forma, com a chegada ao Cruzeiro, William e Marlon terão um papel importante no “novo Cruzeiro”. Resta saber qual será o jogador do meio-campo que irá ser a referência no ataque.

Outra dúvida é se ele irá manter Papagaio ou vai optar pela volta de Gilberto, já que o centroavante é outro que tem cadeira cativa nos times de Zé Ricardo.

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