(Samuel Costa)
Se o confronto entre Cruzeiro e Tupi, no sábado (8), foi usado por Marcelo Oliveira como uma preparação para o duelo de terça-feira (11), diante do Defensor, do Uruguai, a bola alçada na área se tornou uma estratégia anunciada. Em Montevidéu, a Raposa jogará pela terceira rodada da fase de grupos Copa Libertadores da América e vai testar a arma que já faz sucesso no Campeonato Mineiro, no qual, em 10 jogos, foram nove gols marcados de cabeça. No torneio continental, dos seis gols já feitos, apenas um foi de cabeça, mas o jogo aéreo culminou em gol em outras três oportunidades.
“Neste jogo no Uruguai, acho que a bola área será decisiva”, disse o treinador do Cruzeiro, Marcelo Oliveira, na coletiva após o jogo ante o Tupi. A preocupação do treinador, além de preparar um sistema que permita ao time Celeste agredir o adversário nas bolas cruzadas, é também de organizar o sistema defensivo, uma vez que o Defensor costuma atacar pelo ares. “Vi um grande material do Defensor, uma equipe muito rápida, e que tem uma bola aérea forte. É um time que joga parecido com o Cruzeiro”, observou o técnico.
No “laboratório” criado por Oliveira na última partida no Mineirão, além dos dois gols de cabeça, um de Marcelo Moreno e outro de Dedé, o zagueiro Léo ainda marcou um terceiro, mas foi anulado.
Talvez já esperando que o Defensor utilize dois pontas para também explorar as bolas cruzadas, Marcelo Oliveira segurou mais os laterais e deixou Éverton Ribeiro responsável pelos lançamentos. As jogadas de linha de fundo com os alas ficaram mais raras, mas foram bem aproveitadas, como no gol de Moreno.
No chão ou não ar, o Cruzeiro precisa da vitória no Uruguai para se descolar dos adversários do grupo 5, em que após duas rodadas todos os times somam três pontos.