Cruzeiro encontra dificuldades e empata com o Botafogo fora de casa

Wallace Graciano - Hoje em Dia
02/08/2014 às 20:40.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:38
 (Gaspar Nobrega)

(Gaspar Nobrega)

O velho clichê dos técnicos de futebol diz que não há jogo fácil em um campeonato extenso como o Brasileirão. E, mais uma vez, o ditado se mostrou verdadeiro. Apesar de ter as rédeas da partida e enfrentar um adversário que vive uma intensa crise financeira e política, o Cruzeiro não conseguiu valer seu favoritismo. Neste sábado (2), em confronto realizado no Maracanã, o líder do torneio empatou com o Botafogo por 1 a 1. Edílson abriu o placar para os alvinegros, enquanto Léo igualou para a Raposa.   Com o ponto conquistado, a Raposa chegou aos 29 e abriu seis de vantagem do Corinthians, segundo colocado, que encara o Coritiba fora de casa, neste domingo. A diferença para o vice-líder deve cair ao final da rodada se comparada à anterior (eram de cinco tentos), uma vez que o Cruzeiro terá de secar, além do alvinegro do Parque São Jorge, o Fluminense e o Internacional, que possuem 22 pontos, e encaram, respectivamente, Goiás e Santos.   O Botafogo, por sua vez, chegou aos 13 pontos e se manteve na 13ª colocação. A posição do clube da estrela solitária não é confortável, já que o Vitória, 16º, poderá ultrapassá-lo ainda neste sábado, caso vença o Grêmio. Além de secar o rubro-negro da “Boa Terra”, o time de General Severiano precisará torcer contra Chapecoense (15º) e Coritiba (17º), caso não queira perder seu posto na tabela.   O Cruzeiro voltará a campo no próximo sábado (9), quando visita o Criciúma, no Heriberto Hulse, em Santa Catarina. A partida terá pontapé inicial às 18h30. O Botafogo, por sua vez, segue sua odisseia para sair da crise no domingo seguinte, quando encara o Atlético-PR na Arena da Baixada, a partir das 16 horas.   Fora do script   Não foi difícil imaginar o que se passava pela cabeça de um torcedor antes do duelo entre Botafogo e Cruzeiro. Com o time estrelado dominando o Campeonato Brasileiro por completo e os alvinegros vivendo uma crise financeira que balança todas as estruturas de General Severiano, somente não apostava em uma fácil vitória dos comandados de Marcelo Oliveira quem queria fugir à lógica. Acontece que racionalidade e futebol não costumam caminhar juntos. Não à toa, o que se viu durante os 90 minutos foi um jogo equilibrado.   Mérito dos cariocas. Tecnicamente inferiores, os alvinegros mostraram “gana” para reverter o momento ruim. Preencheram espaços e mostraram que o Cruzeiro não teria facilidades para prevalecer a troca rápida de passes característica.   Como o meio estava congestionado, o desenho da partida pedia jogadas pelos flancos. Porém, a Raposa insistiu demasiadamente pela zona central. Finalizou em sete oportunidades durante a primeira etapa, porém quase todas sem o ângulo desejável para conseguir furar a defesa alvinegra.   O Botafogo, por sua vez, apostou nos contra-golpes. Eram raros, porém perigosos. Em um deles, conseguiu abrir o placar. Aos 25 minutos, Lucas escapou pela direita e de lá alçou bola na área, encontrando Edílson, que cabeceou rumo ao gol. Fábio tentou evitar o pior, mas escorregou quando tentava alcançar a pelota. Do chão, viu a rede balançar. 1 a 0.   Até o minuto 47, que pôs fim à primeira parte do duelo, o Botafogo teve como mérito se manter combativo. Assim, desceu com a vantagem no placar e contrariando qualquer previsão pré-jogo.   Igualdade   O Cruzeiro voltou ao gramado diferente daquela equipe da etapa inicial. Ao contrário de outrora, quando não sabia bem e como explorar as poucas brechas deixadas, o time estrelado adiantou suas linhas e tomou as rédeas do restante do confronto.   Outra alteração importante ocorreu nas peças em campo. Logo nos primeiros minutos do período final, Marquinhos deu lugar a Dagoberto, enquanto Henrique saiu para que Willian deixasse o banco de reservas. Assim, a equipe ganhou velocidade e mais opções para ameaçar o gol de Jéfferson. Era o que a Raposa precisa para chegar à igualdade.   E ela veio aos 14 minutos, após uma sufocante pressão celeste. A jogada começou com Everton Ribeiro, que recebeu bola na esquerda e não demorou muito para alçá-la na área. Do outro lado, Dedé evitou a saída, escorando para trás, onde achou Léo, que dominou e chutou na sequência para furar o bloqueio alvinegro. 1 a 1.   Após o gol que igualou o saldo, o Cruzeiro continuou dominando o confronto. Porém, esbarrou em uma boa atuação de Jéfferson, que conseguiu salvar o Botafogo em duas oportunidades cruciais.   No final das contas, o empate teve sabores distintos. Ao torcedor cruzeirense, que foi em bom número ao Maracanã, ficou a sensação de que cabia uma vitória. O alvinegro, por sua vez, teve muito o que comemorar, já que viu os comandados de Vágner Mancini fazerem frente ao líder da competição, mesmo diante de tantas adversidades.   FICHA TÉCNICA BOTAFOGO 1 X 1 CRUZEIRO   BOTAFOGO: Jéfferson, Lucas, Bolívar, Dória, Júnior César; Bolatti (Rodrigo Soutto), Gabriel, Edílson, Carlos Alberto (Zeballos); Emerson e Rogério (Júlio César). Técnico: Vágner Mancini   CRUZEIRO: Fábio, Mayke, Dedé, Léo, Egídio; Henrique (Willian), Lucas Silva, Everton Ribeiro, Ricardo Goulart; Marquinhos (Dagoberto) e Marcelo Moreno (Nílton). Técnico: Marcelo Oliveira   Gols: Edílson (aos 25' do 1º tempo); Léo (aos 14' do 2º tempo) Data: 2 de agosto de 2014 Motivo: Jogo válido pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro Estádio: Maracanã Cidade: Rio de Janeiro (RJ) Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP) Árbitros auxiliares: Vicente Romano Neto (SP) e Herman Brumel Vani (SP) Árbitros auxiliares adicionais: Flávio Rodrigues Guerra (SP) e Marcelo Prieto Alfieri (SP) Público: 11.975 Renda: R$ 419.650 Cartão amarelo: Henrique (Cruzeiro); Edílson e Emerson (Botafogo)

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