Após diversos transtornos com a venda e o acesso de sócios-torcedores celestes no jogo deste domingo (3), o presidente do Cruzeiro deu um ultimato à Minas Arena: ou troca a empresa responsável pela venda e impressão dos ingressos e controle das catracas ou o clube assumirá esta função. Além dos transtornos com as vendas, neste jogo o bilhete foi impresso com o horário errado e no clássico contra o Atlético, com o nome do clube errado. De acordo com a assessoria da administradora do estádio, o Cruzeiro sabia de tudo o que estava programado para o jogo e concordou com toda a negociação.
Gilvan de Pinho Tavares se mostrou irritadíssimo com os acontecimentos deste domingo, como por exemplo a disponibilidade de apenas 12 dos 60 guichês para a aquisição de bilhetes no estádio. Segundo relatou, longas filas foram formadas e cerca de 4 mil torcedores teriam deixado de comparecer ao estádio.
Além disso, diversos participantes do programa Sócio do Futebol tiveram transtornos para ter acesso ao estádio, já que o sistema de catracas indicava inadimplência, fazendo com que os mesmos tivessem que apresentar um comprovante físico para ter acesso ao estádio.
"A Minas Arena terá que trocar essa empresa ou o Cruzeiro vai assumir a vendagem de ingressos. Não dá para conviver com tamanha incompetência, problemas com os sócios. Quando o Cruzeiro era responsável por essa parte, os ingressos eram impressos com uma velocidade incrível e não com essa demora toda. Além de prejuízo financeiro para o clube, é prejuízo também para o torcedor, que deixa de aproveitar o estádio e comparecer para incentivar o time em campo", afirmou em conversa com a reportagem do Hoje em Dia.
Caso a situação não seja solucionada, Gilvan afirmou que entrará em contato com o governador Antonio Anastasia, para que ele interceda a favor da equipe celeste.
A Minas Arena divulgou uma nota explicando os transtornos com a venda e os problemas dos sócios do clube estrelado.
"A Minas Arena informa que os ingressos foram comercializados desde a manhã de quintqa feira (28). O volume de torcedores que procurou comprar ingressos para a partida poucos minutos antes do jogo foi muito grande, o que ocasionou filas. O sistema de venda funcionou com tempo médio padrão de atendimento e todos os torcedores que estavam nas filas foram atendidos. A gestão do programa sócio torcedor do Cruzeiro está ciente do acúmulo de pessoas no portão C, ocasionado pelo grande número de sócios torcedores inadimplentes com o clube querendo ter acesso ao estádio. A Minas Arena não mediu esforços para apoiar o Cruzeiro, como, por exemplo, disponibilizar uma loja na esplanada para que os torcedores regularizassem a situação".
Atualmente, a venda dos ingressos está a cargo da Outplan, que faz o mesmo serviço no Engenhão.
Atualizada às 19h 44