Cruzeiro "passa por cima" da La U e lidera o Grupo 5 da Libertadores

Wallace Graciano - Hoje em Dia
25/02/2014 às 19:37.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:16
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Sem piedade, o Cruzeiro não tomou conhecimento da Universidad de Chile e aplicou sonoros 5 a 1, nesta terça-feira (25), em duelo realizado no Mineirão, válido pela segunda rodada do Grupo 5 da Copa Libertadores. Ricardo Goulart teve uma atuação de gala ao anotar três tentos e dar a assistência para o gol de peito de Dagoberto. Willian também deixou sua marca em uma partida que a Raposa ditou os rumos por completo.   Com a “surra”, o Cruzeiro tomou a primeira colocação do Deportivo Sporting, do Uruguai. O curioso do Grupo 5 é que todas as equipes possuem três pontos, porém, a Raposa, com saldo de três gols, é quem ocupa a ponta da chave.    E será justamente contra o Defensor Sporting que o Cruzeiro voltará  a campo pela Libertadores. No dia 11 de março, as duas equipes duelam a partir das 19 horas, no estádio Luis Franzini, em Montevidéu. Antes, a Raposa tem três confrontos pelo Mineiro, contra o Minas Boca (1º de março, em casa), Nacional (5 de março, em Muriaé) e Tupi (8 de março, no Mineirão).    Súbito   O velho clichê de “partida de uma única equipe” se fez presente no primeiro tempo do embate entre Cruzeiro e Universidad de Chile. Durante os 45 minutos iniciais, a Raposa fez do seu ritmo a tônica do confronto.    Desde o rolar inicial da pelota, o time estrelado tentou aplicar a tática de ataque massivo com trocas rápidas de passes, que tanto fez sucesso em 2013. O grande problema dos comandados de Marcelo Oliveira era o nervosismo para chegar ao gol. Eram finalizações precipitadas ou variações de jogo em momentos que a jogada “não permitia”. Assim, assustavam a La U ao chegarem na intermediária, mas Johnny Herrera, goleiro do time chinelo, só trabalhava quando o “petardo” vinha de fora.   Havia uma ânsia pelo gol que não deixava a conclusão das jogadas fossem precisas. Mas eis que a qualidade individual vingou. Aos 33 minutos, Dagoberto recebeu na extrema-esquerda, deixou o marcador na saudade e lançou a bola rasteira em diagonal, nas costas do zagueiro. Ricardo Goulart, que teve a percepção exata do lance, chegou em velocidade e, de carrinho, mandou para a rede. Que belo gol! 1 a 0.   A diferença técnica era grande. Antes do placar inicial, havia a sensação de que se “passasse o boi, passava a boiada”. E assim foi. Em outra belíssima jogada, Ceará viu Ricardo Goulart passando em velocidade nas costas do zagueiro chileno e lançou-lhe a bola pelo alto. De primeira, o meia-atacante inverteu a jogada para o miolo da área, onde achou Dagoberto. O camisa 11 agradeceu o presente e completou de peito para o barbante, levando ao delírio o torcedor estrelado. 2 a 0.   Aos 43, veio outro tento. Desta vez através da bola parada, uma das grandes virtudes dos comandados de Marcelo Oliveira. Everton Ribeiro cobrou tiro esquinado, Bruno Rodrigo subiu mais alto que a zaga e desviou. A bola parecia que iria tomar o rumo da linha de fundo, mas Ricardo Goulart se esticou e mandou para o barbante. 3 a 0. Placar que não era nenhum exagero, já que o Cruzeiro ditou a tônica da partida e a “matou” de forma fulminante.    Galeria de imagens da partida

Morno   Quando se abre uma grande diferença no placar, é comum quem está ganhando “tirar o pé” para não se expor fisicamente ou mesmo na partida. O Cruzeiro não fugiu à regra e diminuiu o vigor do primeiro tempo. O problema é que não mostrou o mesmo cuidado na marcação e ao trabalhar a bola, o que fez com que a La U ganhasse o meio-campo ao ir “para o tudo ou nada”.   Durante os 15 primeiros minutos, o Cruzeiro basicamente girou a bola à frente da área chilena, sendo pouco incisivo ao concluir. Os adversários, por sua vez, tinham dificuldades em ultrapassar o o meio-campo estrelado. Quando conseguiam, assustavam Fábio muito pela empolgação.   Mas de tanto que martelaram, conseguiram fazer o “gol de honra”. Aos 20, a bola chegou no meio-campo. Rojas viu Lorenzetti passar nas costas da defesa celeste e o lançou em profundidade. Talentoso, o meia-atacante deu leve toque por cima de Fábio e diminuiu o marcador. 3 a 1.   O gol não mudou muito o panorama da partida. Era uma La U empolgada, mas sem conseguir chegar ao gol de Fábio contra um Cruzeiro pouco incisivo. Porém, quando se esforçou, matou por completo qualquer esperança chilena. Aos 39, Dedé tentou ganhar uma bola pelo alto, mas a dividiu com a defesa chilena. A pelota sobrou para Ricardo Goulart, que encheu o pé e mandou com raiva para o barbante. Goleada e "hat-trick" do meia-atacante! 4 a 1.   Havia tempo para mais um. E veio com classe. Aos 44 minutos, a bola sobrou no meio-de-campo celeste. Com qualidade, os comandados de Marcelo Oliveira trocaram rápidos passes até a pelota cair nos pés de Egídio, que lançou Willian na meia-lua. O atacante dominou com classe e chutou rasteiro para dar números finais à partida. 5 a 1.    FICHA TÉCNICA CRUZEIRO  5 X 1 UNIVERSIDAD DE CHILE   CRUZEIRO: Fábio, Ceará, Dedé, Bruno Rodrigo, Egídio; Lucas Silva, Rodrigo Souza, Everton Ribeiro (Souza), Ricardo Goulart; Dagoberto (Marlone) e Marcelo Moreno (Willian). Técnico: Marcelo Oliveira   UNIVERSIDAD DE CHILE: Johnny Herrera, Osvaldo González, Matías Caruzzo, José Rojas (Igor Lichnovsky); Francisco Castro, Sebastián Martínez, Lorenzetti, Rodrigo Rojas, Roberto Cereceda; Enzo Gutiérrez (Rodrigo Mora) e Patricio Rubio (Ramón Fernández). Técnico: Cristian Romero   Gols: Ricardo Goulart (aos 33' e 42') e Dagoberto (aos 38' do 1º tempo); Lorenzetti (aos 20'), Ricardo Goulart (aos 39') e Willian (aos 41' do 2º tempo) Data: 25 de fevereiro de 2014 Motivo: Jogo válido pela segunda rodada do Grupo 5 da Copa Libertadores Estádio: Mineirão Cidade: Belo Horizonte Árbitro:  Saul Laverni (ARG)  Auxiliares: Diego Bonfa (ARG) e Ezequiel Brailovsky (ARG) Público: 27.757 pagantes (29.120 presentes) Renda: R$ 957.725

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