(Lucas Prates)
A campanha invejável do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro de 2013, quando conquistou a competição com sobras, deixou no ar a expectativa de um 2014 bem diferente daquele que o time do técnico Marcelo Oliveira vem vivendo neste início de temporada.
Na Libertadores, eleita a prioridade, o desempenho cruzeirense é desastroso e o risco de eliminação ainda na primeira fase, o que nunca aconteceu na história do clube, é real. Fora de campo, o atraso de salários volta a ser assunto, pois o mês de fevereiro só será pago nesta sexta-feira (14), uma semana depois do quinto dia útil, data estabelecida por lei.
O presidente Gilvan de Pinho Tavares nega que os salários estejam atrasados, mas se contradiz e confirma que os atletas devem receber os vencimentos nesta sexta-feira (14). “Não existe atraso de salário. O Cruzeiro paga rigorosamente em dia. Este mês foi atípico, por causa de feriados. O pagamento será feito impreterivelmente até esta sexta-feira (amanhã). Neste mês, o quinto dia útil está sendo agora, no meio desta semana. Considerando que vamos pagar até sexta-feira, não tem atraso de salário”, explicou o dirigente no aeroporto de Confins, ontem, quando a delegação chegou do Uruguai.
Segundo ele, isso não interferiu na derrota de 2 a 0 para o Defensor, na terça. O diretor de futebol celeste, Alexandre Mattos, preferiu se esquivar do assunto. Ele negou um possível racha no grupo e a venda do volante Lucas Silva.
“O Lucas Silva não teve nenhuma proposta. Se estivesse vendido, não estaria mais no Cruzeiro. Sobre atraso salarial, isso é tão irrelevante, tão pequeno, que não vou nem responder. Em relação a premiação, o que é combinado, cumprimos”, frisou.
Para ele, a manifestação dos jogadores na saída da partida no Uruguai demonstra que o grupo está unido. “Os jogadores saíram juntos, unidos. O Cruzeiro tem um grupo ímpar, vitorioso, está passando por um momento de dificuldade com duas derrotas, mas debaixo de sua torcida vai reverter isso”, afirmou.
Calculadora
A derrota em Montevidéu deixa o Cruzeiro obrigado a marcar pelo menos sete pontos nas três últimas partidas que vai disputar pelo Grupo 5. Só assim não dependerá de nenhum outro resultado para alcançar as oitavas, pelo menos na segunda posição da chave.
Isso obriga a Raposa a vencer Defensor e Real Garcilaso, ambos os jogos no Mineirão, e buscar pelo menos um empate diante da Universidad de Chile, em Santiago.
Uma derrota na capital chilena ou um empate no Mineirão deixa o Cruzeiro dependendo de resultados de concorrentes para se classificar.