Cruzeiro: um time que deu resultado muito antes do esperado

Rodrigo Rodrigues - Hoje em Dia
14/11/2013 às 10:28.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:09
 (Vipcomm)

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Da forma como estava, não podia continuar. Especialmente, porque, do lado “inimigo”, tudo corria às mil maravilhas. Esse era o anseio da torcida, e a diretoria do Cruzeiro se mexeu para arrumar a casa.

A temporada 2013 teve início no fim do ano passado, quando o presidente Gilvan de Pinho Tavares ignorou os mais ferrenhos críticos e bancou a contratação do técnico Marcelo Oliveira. A rejeição nada tinha a ver com a competência, mas estava diretamente relacionada ao passado de Marcelo no Atlético, como jogador e treinador. Em seguida, a cúpula estrelada partiu para as compras.

Diferentemente das duas temporadas anteriores, a Raposa não tentou mesclar qualidade com grife. “Quando assumimos, tivemos alguns problemas. Inclusive, no início do ano passado, faltou dinheiro para pagar o salário”, relembra o presidente.

“O Gilvan soube administrar muito bem as críticas quando assumiu. Esperou o momento certo para organizar o que tinha que ser organizado, após dois anos muito complicados”, opina o goleiro Fábio.

Compras

Com o diretor de futebol Alexandre Mattos à frente das negociações, o clube não economizou. Usou os R$ 16 milhões arrecadados com a venda do argentino Montillo ao Santos e foi às compras.

“O Alexandre é a base de tudo. Sem ele, eu não estaria aqui. Conversou com meus empresários e comigo, perguntei inúmeras coisas e me passou o projeto. Sempre está junto com a gente, merece o que estamos passando. Batalha e sofre muito. Só ele sabe como ‘se virar nos 30’ para colocar em dia tudo que vem acontecendo no Cruzeiro”, elogia Dagoberto.

O meia Diego Souza foi o primeiro jogador anunciado, ainda em dezembro. Na sequência, um pacotão com outros nove reforços foi apresentado, entre eles nomes que se tornaram referência no time, como Bruno Rodrigo, Nilton e Ricardo Goulart.

Éverton Ribeiro, Dagoberto e Dedé foram confirmados depois, e a estrela Julio Baptista chegou à Toca em julho, assim como Willian, “troco” de Diego Silva, que seguiu para o Metalist, da Ucrânia.

Reformulação

Com nomes de peso e o time correspondendo em campo, a torcida voltou a sonhar após dois anos de penúria, tendo que “sofrer” com atletas de qualidade técnica questionável. De 2012 para esta temporada, o grupo teve cerca de 70% de reformulação.

“As coisas correram muito bem, até mesmo acima da expectativa. Trabalhamos com a perspectiva de bons resultados, mas era um trabalho novo, com jogadores modificados. Uma combinação de fatores, com a comissão técnica muito atenta, diretoria trabalhando com eficiência e o bom ambiente de trabalho possibilitaram o título”, avalia o técnico Marcelo Oliveira.
 

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