Cruzeiro x Atlético: confronto volta à velha casa

Henrique Ribeiro - Do Hoje em Dia
20/08/2012 às 16:24.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:36
 (ARQUIVO HOJE EM DIA)

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O próximo dia 26 de agosto vai marcar a volta do clássico entre Atlético e Cruzeiro ao Independência. Inaugurado na Copa do Mundo de 1950, o estádio chegou a ser o palco do maior duelo do futebol mineiro por 11 anos, entre 1954 e 1965.

Um período curto, mas suficiente para deixar na história alguns nomes e feitos no confronto, como o atacante atleticano Ubaldo e seus gols decisivos e o surgimento da academia cruzeirense de Piazza, Tostão e Dirceu Lopes.

O Independência perdeu o status de maior estádio de Minas Gerais a partir da inauguração do Mineirão, em setembro de 1965. Considerado obsoleto, foi abandonado e relegado ao esquecimento por duas décadas, até a primeira reforma, em 1985.

Ainda assim, continuou modesto em relação ao Mineirão e, nesta segunda fase de sua existência, sediou apenas um clássico amistoso, em 1995, que terminou empatado em 1 a 1.

HISTÓRIAS E POLÊMICAS

O Gigante do Horto sediou por 58 vezes o clássico entre Atlético e Cruzeiro.

Como não poderia deixar de ser, abrigou as polêmicas que cercam o duelo, como o gol do atacante alvinegro Luiz Santos em que a bola não teria entrado, uma expulsão inexplicável do lateral-direito cruzeirense Massinha e a decisão do Campeonato de 1956, que terminou com o título dividido entre os rivais, após uma longa briga nos tribunais esportivos, que resultou no rompimento de relações dos clubes.

O estádio vivenciou surpresas, como a rivalidade deixada de lado pela torcida atleticana, que aplaudiu a volta olímpica do Cruzeiro em reconhecimento à luta do time estrelado na conquista do título estadual de 1960. E também confrontos históricos, como aquele em que o Galo ganhou o primeiro tricampeonato e o primeiro título decidido numa prorrogação.

Grandes nomes se consagraram no Horto e por décadas foram lembrados pela geração de torcedores que compareceram aos duelos entre os rivais, como Ubaldo, Murilo Silva, Tomazinho, Afonso, Haroldo e Benito, pelo lado atleticano, Raimundinho, Amauri, Guerino, Vavá, Emerson e Massinha, pelo cruzeirense.
E ainda houve aqueles que tornaram-se ídolos de ambas as torcidas, como os zagueiros William e Procópio.

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