Fábio contra um time inteiro pode ser tônica do clássico

Alberto Ribeiro e Felipe Torres - Do Hoje em Dia
24/08/2012 às 09:05.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:43
 (Washington Alves/Vipcomm)

(Washington Alves/Vipcomm)

Na semana de um clássico, os discursos parecem ensaiados nos “quartéis” dos dois esquadrões. E o assunto favoritismo é tratado como uma arma entre os combatentes. O lado em situação delicada trata logo de avisar que o oponente leva a responsabilidade de vencer. “Sabemos que o Atlético está melhor em todos os quesitos”, afirmou Leandro Guerreiro, volante do Cruzeiro. O rival sempre agradece, mas devolve a bola com uma rapidez impressionante. “Em clássico, tudo pode mudar, tamanho o equilíbrio”, avisa o capitão do Atlético, Réver.

O aguardado encontro da Raposa com o Galo, domingo, às 18h30, no Independência, não foge a este enredo. Mas basta uma olhada no prêmio mais tradicional do futebol nacional, a Bola de Prata, da revista “Placar”, que elege os craques da Série A desde 1970, para que o otimismo tome conta da massa alvinegra.

Afinal, chega-se a conclusão que o clássico colocará um goleiro contra todo um time. Passada a 18ª rodada, os atleticanos ostentam oito jogadores no ranking dos cinco melhores de cada posição na lista da honraria. São eles: Marcos Rocha (lateral-direito); Leonardo Silva e Réver (zagueiro); Júnior César (lateral-esquerdo); Pierre (volante); Ronaldinho Gaúcho e Bernard (meia), e Jô (atacante).

Só dois

Dos titulares de linha, somente Leandro Donizete e Danilinho não ganham destaque. Para brigar com essa turma, o Cruzeiro só tem o goleiro Fábio, em quinto lugar na sua posição. Ceará também marca presença, em quarto, entre os laterais-direitos, mas ainda é dúvida para o clássico, pois sente dor na panturrilha direita.

Apesar de toda a superioridade no Brasileiro – o Galo, na ponta da tabela, tem 42 pontos e o ataque mais eficiente (31 gols) –, Réver diz que os detalhes decidirão o confronto e o grupo segue com os pés no chão.

“As chances que tivermos, precisamos concluir bem. Clássico não deixa de ser partida comum, porque vale os mesmos três pontos. Mas a gente sabe o peso que tem. A equipe que perde pode sofrer reviravolta”, pondera ele, o primeiro no quesito “zagueiro” da Bola de Prata.

Reação

Na Toca da Raposa, os cruzeirenses se empenham ao máximo na busca da reabilitação diante do rival. E vencer o Galo seria essencial para subir na cotação dos melhores do Brasileirão. Assim, se espelham no maior líder do grupo. Contra o rival, no Nacional, Fábio tem uma média de fazer inveja: em nove jogos, venceu oito e perdeu apenas um.

“Se houver atenção, a gente pode neutralizar o Atlético. Futebol é simples e objetivo, tem que se dedicar e neutralizar as peças de qualidade do adversário para que a gente possa ter equilíbrio, marcar bem e, quando tiver a posse de bola, fazer o gol”, orienta o goleiro.

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