Ídolo na década de 90, potiguar Nonato diz que Cruzeiro avança

Alberto Ribeiro - Hoje em Dia
15/10/2014 às 07:38.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:37
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Quando deixou a sertaneja Mossoró, no interior do Rio Grande do Norte, para tentar a vida como jogador de futebol, o franzino Raimundo Nonato da Silva nem imaginava que um dia se tornaria um dos maiores laterais-esquerdos da história do Cruzeiro. Após uma boa performance no ABC, o então jovem de 23 anos despertou o interesse dos dirigentes da Toca, que apostaram em sua contratação.

Pouco mais de 20 depois, Nonato é constantemente lembrado pela China Azul como um dos maiores ídolos do clube. Mas o carinho pelo ABC, clube que o projetou e pelo qual encerrou a carreira em 2002, também é grande.

Nesta quarta-feira (15), às 22h, na Arena das Dunas, em Natal, ele estará atento para acompanhar o confronto entre as duas equipes que ama, pela partida de volta das quartas de final da Copa do Brasil.

Com o gabarito de conhecer a fundo o adversário cruzeirense, Nonato avisa: “não vai ser fácil”. O apoio da torcida, segundo ele, vai ser um dos principais adversários do grupo de Marcelo Oliveira. “É um jogo difícil porque o ABC é sempre um adversário complicado jogando em casa. Os jogadores devem estar preparados porque irão encontrar um estádio lotado, com uma torcida que empurra muito a equipe. E o ABC está em grande fase, disputando a Série B”, analisa o ex-jogador.

Mesmo com as dificuldades, Nonato acredita que o Cruzeiro não terá problemas para carimbar sua vaga para as semifinais. “Acredito que o Cruzeiro consiga superar o ABC, pela tradição, pelo time, pela camisa”, diz Nonato.

Títulos

Grande capitão da Raposa nos anos 90, o antigo camisa 6 conhece bem o caminho a ser seguido pelo Cruzeiro em busca do pentacampeonato da Copa do Brasil. Ele foi responsável por levantar muitas taças durante um período de glórias do clube. Na sua galeria, estão duas Supercopas, duas Copas do Brasil (1993 e 1996), quatro Mineiros, uma Copa Ouro e uma Libertadores.

Atualmente, o Cruzeiro passa por um período de instabilidade na temporada, com duas derrotas seguidas no Brasileirão. Situação normal na avaliação de Nonato, que crê na recuperação imediata.

“Não é preocupante. O Cruzeiro, em grande parte do campeonato, foi muito superior aos adversários. Esses tropeços são perfeitamente naturais. E tem um ponto importante. Apesar das derrotas, o time está tendo sorte, já que os principais concorrentes também perderam. A equipe tem tudo para voltar ao caminho das vitórias”, pensa o ex-atleta, que curte a aposentadoria, em grande parte, jogando futevôlei.

Constantemente, Nonato se reúne com outros ex-jogadores para praticar o esporte.

Marcelo arma ataque com Borges e William

O Cruzeiro tem mudanças para encarar o ABC esta noite na Arena das Dunas, em Natal. No treino dessa terça-feira (14), na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, o técnico Marcelo Oliveira montou a equipe com quatro novidades em relação ao time que entrou em campo para enfrentar o Flamengo no domingo.

Na lateral direita, Ceará assume a vaga do jovem Mayke. No meio, Willian Farias vai compor o trio de volantes com Nilton e Henrique. Com isso, Lucas Silva será preservado.

No ataque, Willian faz dupla com Borges. Titular contra o Flamengo, Marquinhos já atuou na Copa do Brasil pelo Vitória e não pode jogar mais pela competição.

Poupado da atividade devido a um machucado na boca, Marcelo Moreno também reclamou de desgaste muscular e deve ser opção no banco. O Cruzeiro tem ainda os desfalques de Everton Ribeiro, com a Seleção Brasileira, além de Ricardo Goulart, Júlio Baptista, Dagoberto, todos contundidos.

Como venceu a primeira partida por 1 a 0, a Raposa joga pelo empate. Se o ABC devolver o marcador, a vaga será decidida nos pênaltis. Qualquer vitória dos anfitriões por dois ou mais gols de vantagem dá a classificação ao time potiguar. O vencedor do confronto encara Santos ou Botafogo, que se enfrentam nesta quinta-feira (16), na Vila Belmiro. Na ida, no Macaranã, vitória do Peixe por 3 a 2.

No ABC, o técnico Moacir Júnior não pode contar com os volantes Marcel e Michel Benhami, que já atuaram no torneio pela Caldense, e os meias Ronaldo Mendes e Deyvid Sacconi e o atacante Zambi, que chegaram após o período de inscrições.

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