O técnico do Cruzeiro, Mano Menezes, minimizou a derrota do time para o Fluminense, neste domingo, no Maracanã - a segunda dos mineiros em duas rodadas do Campeonato Brasileiro -, mesmo com um homem a mais em campo por mais de 75 minutos de jogo. O treinador preferiu focar, em entrevista coletiva após a partida, no difícil confronto contra a La U, do Chile, na quinta-feira, pela Libertadores da América.
Para Mano, superada a derrota no Rio, é hora de corrigir alguns erros do time - assuntos a ser tratados internamente, segundo ele - e de voltar a contar com a força da torcida no Mineirão para tentar vencer os chilenos. Um empate, por exemplo, deixaria o Cruzeiro em situação bastante difícil na competição internacional.
"No caso do jogo de hoje, não se trata de mais uma vez que deixamos de ganhar. Foi apenas a segunda rodada do Brasileiro. Logicamente, não queríamos perder os dois jogos, mas, da forma como as pessoas colocam, fica parecendo uma imensidão", afirmou o técnico.
Mano garantiu que não teria faltado à equipe, hoje, "vontade", já que teve vantagem numérica em relação ao Fluminense na maior parte do tempo. Destacou também que as mudanças que promoveu na equipe, tanto em relação ao último confronto (contra a La U, em empate no Chile, na semana passada), poupando cinco titulares no início do jogo, mas escalando um centroavante típico (Sassá), quanto durante a partida, substituindo um volante (Lucas Silva) por mais um atacante (David) no segundo tempo, foram aspectos que chegaram a ser cobrados por jornalistas e torcedores como determinantes para melhorar a equipe. Isso, no entanto, não funcionou como esperado.
"Hoje não dá para dizer que o Cruzeiro jogou mal, em razão de tudo que construiu, tendo um a mais em campo. Mas, às vezes, as coisas acontecem dessa forma. Vamos levar algums questões para dentro de casa e vamos trabalhá-las lá", ressaltou.
Em relação a esse trabalho, Mano disse que a ideia, durante a semana - o Cruzeiro se reapresenta nesta segunda-feira e tem atividades até a quarta, véspera do jogo com a La U -, é até reduzir os treinamentos com bola para conversar mais com os atletas. "Vamos resolver essas questões. Tem hora que tem que ter calma, tem que ter conversa e até menos treinamentos para não deixar que a parte emocional comece a atrapalhar as coisas e a nos fazer acreditar que a gente é pior do que é", afirmou.
Após a derrota para o Fluminense, o zagueiro Dedé também apontou a necessidade de que a equipe se concentre em "alguns pontos que precisam de correção". O defensor, melhor do Cruzeiro em campo no Maracanã, assegurou que os jogadores têm dado o máximo nos treinamentos e que "o técnico está fazendo bem o trabalho de deixar o grupo confiante".
"Mas aí, numa jogada de bola parada, no gol do Fluminense, nós vacilamos e vimos que precisamos dar maior atenção do que já temos dado a esse quesito", disse. Dedé garantiu, porém, que o Cruzeiro "tem tudo para subir na tabela do Brasileiro, com o decorrer dos jogos, e melhorar também na Libertadores".