Mineirão é trauma para Luiz Felipe Scolari

Wallace Graciano - Hoje em Dia
19/08/2014 às 07:35.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:51
 (Carlos Rhienck)

(Carlos Rhienck)

O Mineirão ficará para sempre marcado de forma negativa na história de Luiz Felipe Scolari. Foi no Gigante da Pampulha que o treinador esteve à frente do maior vexame da história da Seleção Brasileira, os 7 a 1 sofridos diante da Alemanha, em 8 de julho, pela semifinal da Copa do Mundo.

Na próxima quinta-feira (21), Scolari voltará ao estádio, para enfrentar o Cruzeiro. E o comandante do Grêmio terá de superar um retrospecto desfavorável, que faz do local sua “casa mal-assombrada”.

Será a nona vez que Felipão vai encarar o Cruzeiro no Mineirão. Nos oito confrontos anteriores, seus times sequer conseguiram conquistar um ponto.

Essa história começa no Campeonato Brasileiro de 1984. À época comandando o Brasil, de Pelotas, clube do interior do Rio Grande do Sul, Scolari viu os xavantes serem goleados pela Raposa por 4 a 0. Em 1996, já no comando do Grêmio, onde tinha vencido a Copa do Brasil (1994) e a Libertadores (1995), a derrota foi mais amena: 2 a 1.

Scolari não conseguiu ver sua equipe sair vencedora do Mineirão nem mesmo quando teve um ano de duelos memoráveis contra a Raposa.

Em 1998, o Palmeiras faturou dois títulos em cima do Cruzeiro, a Copa do Brasil e a extinta Copa Mercosul, mas, nos quatro duelos realizados no Mineirão, o time estrelado levou a melhor em todos.

No ano seguinte, a história voltou a se repetir. Em dois jogos disputados no estádio, duas derrotas, ambas pela Copa Mercosul. A última, ao menos, teve sabor de vitória. Os 2 a 0 não foram suficientes para o Cruzeiro seguir adiante no torneio, uma vez que foi goleado por 7 a 3 na ida.

Nem com apoio

A história de Felipão no Mineirão não teve final feliz nem mesmo quando ele contou com o estádio como aliado. Entre 2000 e 2001, dirigiu o Cruzeiro, mas sem conseguir o sucesso pretendido.

Na Copa João Havelange de 2000, levou o time da Toca ao mata-mata com a melhor campanha, mas acabou eliminada pelo Vasco na semifinal. Após conseguir a vantagem na ida, quando empatou por 2 a 2, Felipão viu Romário e Euller decretarem o adeus ao sonho do caneco, com uma derrota de 3 a 1 na Pampulha.

Em 2001, tudo conspirava para uma “reconciliação”, após o título invicto da Sul-Minas. Porém, a eliminação no Mineiro, contra a Caldense, e a queda nas quartas de final da Libertadores, diante do Palmeiras, ambas no Gigante da Pampulha, marcaram negativamente sua passagem pela Raposa.

Sem traumas

No último domingo, ao comentar o regresso ao Mineirão, Felipão foi categórico ao afirmar que não teme o retorno ao estádio. “Vou voltar ao Mineirão, como voltarei a Livramento, no Gauchão. Minha vida continua. Alguns gostariam de ter me enterrado, mas não morri ainda”, garantiu.

Antes do vexame, dois empates

Apesar do retrospecto ruim, foi no comando da Seleção Brasileira que Felipão transformou o Mineirão em sua “casa mal-assombrada”. A pior das lembranças ocorreu em 8 de julho deste ano, pela semifinal da Copa do Mundo, quando ele viu do banco de reservas a histórica goleada de 7 a 1 aplicada pelos alemães. Antes do vexame, Scolari disputou outros dois jogos no estádio, ambos contra o Chile, e não conseguiu sair vitorioso de nenhum.

Em 2013, empate por 2 a 2, em amistoso. Em junho deste ano, Julio Cesar classificou o Brasil às quartas da Copa, nos pênaltis, após igualdade no tempo normal.

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