(Washington Alves/Vipcomm)
Há muitos chavões no futebol, mas um deles pode servir de inspiração para determinar o sucesso de qualquer equipe: a manutenção da base de uma temporada para outra. No Cruzeiro, porém, a missão para 2013 não será mantê-la, mas, sim, formá-la, começando pela escolha do treinador. Marcelo Oliveira, ex-Vasco, é o mais cotado.
À exceção do goleiro Fábio e do meia Montillo, pode-se afirmar que as demais posições não têm um “dono” em campo e, sobretudo, não conquistaram um espaço no coração da torcida. Os demais jogadores estão sendo avaliados e apenas Martinuccio vem conquistando seu espaço.
Justamente por ter desfeito a base, montada a partir de 2007 e mantida até junho de 2010, o Cruzeiro colhe fracassos sucessivos no Campeonato Brasileiro, desde o ano passado.
Como em 2011, a Raposa luta contra o rebaixamento no Brasileirão. O time estrelado está na 13ª colocação, com 43 pontos – sete a mais do que o Sport, em 17º, primeiro do Z-4. Por isso, a campanha instável deve resultar em reformulação radical no grupo.
Estratégia
Curiosamente, o Cruzeiro se gabava, entre outras coisas, de ter sempre um time competitivo de um ano para outro. A receita era simples: reforçar o grupo de forma pontual e revelar promessas da base.
A estratégia se tornou mais evidente depois da passagem do técnico Dorival Júnior pela Toca, em 2007. Além de apostar no talento do então desconhecido volante Ramires, o treinador abriu espaços para jovens como Guilherme, Charles, Thiago Heleno e Jonathan.