Torcedores brigões voltam a ignorar punição no Mineirão

Gláucio Castro - Hoje em Dia
17/10/2013 às 07:21.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:24

Cadeiras totalmente vazias. Sala às moscas. O silêncio era tanto que lá no fundo dava até para ouvir a voz do locutor narrando em algum radinho de pilha o único gol da vitória do Cruzeiro diante do Flu, na quarta.

Mais uma vez, os seis torcedores da Raposa punidos por causa de tumultos no Mineirão não compareceram ao Juizado Especial Criminal para cumprir suas penas. Pela lei, eles deveriam ter se apresentado meia hora antes do início da partida, marcada para às 19h30, e ficar até o fim.

“Mas nenhum veio. A sala está vazia, como você pode ver. Eles não têm vindo”, confirmou o agente judiciário José Osvaldo Gabrich. “Agora eu envio uma certidão para o Ministério Público, que vai decidir o que será feito”, disse.

Impunidade

Mais uma vez, o Hoje em Dia acompanhou o trabalho no Tribunal e constatou que, na prática, muito pouco vem sendo feito para punir torcedores que promovem brigas, quebradeiras e descumprem o Estatuto do Torcedor.

No clássico de domingo, assim como ontem, quando cinco torcedores foram detidos, novos atritos foram registrados, principalmente entre integrantes da Máfia Azul e Pavilhão Independente, que andam em “guerra”. Eles também serão julgados e estarão sujeitos às mesmas penas.

A ausência dos brigões incomoda até os funcionários do Tribunal. Sem se identificar, um deles criticou. “Se continuar assim, a violência nos estádios nunca vai acabar. Eles estão recebendo a punição, mas não cumprem”, disse.

Longe do Juizado, Jonathan Leonardo de Almeida Ribeiro, Evaldo Pereira dos Santos, Douglas Vieira Félix, Arthur Augusto Ferreira, Cristiano Pereira da Silva e Edivaldo Luiz de Avelar, que deveriam cumprir a punição, provavelmente estavam tranquilamente entre os mais de 30 mil torcedores que viram o Cruzeiro dar mais um passo rumo ao título.

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