Culpado por tudo, 'estagiário' do Paraná Clube curte primeira vez em Belo Horizonte

Henrique André
hcarmo@hojeemdia.com.br
31/05/2017 às 12:39.
Atualizado em 15/11/2021 às 15:09
 (Arquivo Pessoal)

(Arquivo Pessoal)

Uma simples brincadeira tomou conta das redes sociais no início da semana e o engajamento foi dez vezes maior do que o esperado. Tudo por culpa do "estagiário" das mídias sociais do Paraná Clube, adversário do Atlético nesta quarta-feira (31).

Propondo um desafio aos internautas, Rodrigo Sanches, o fanfarrão, esperava receber 300 retuítes para viajar à Belo Horizonte e acompanhar in loco o duelo, válido pelos 90 minutos decisivos das oitavas de final da Copa do Brasil. Em menos de cinco minutos, a passagem estava garantida.

Contudo, Sanches, de 29 anos, já não atua como estagiário há vários anos. Publicitário, ele é quem cuida da comunicação social do clube paranaense. O rótulo, segundo ele, faz parte da estratégia de aproximação com o público.

"O estagiário é uma brincadeira que pegou nas redes sociais, principalmentes naquelas voltadas para o esporte. O pessoal se refere aos administradores das páginas assim; então acabamos adotando também este termo", conta Rodrigo.

"Eu sabia que 300 RTs para aquele tuíte era um número baixo. Passamos de 3.000 já. Conseguimos a meta em 5 minutos. Não dependia daquilo para eu ir à BH. Foi apenas uma brincadeira para descontrair e medir a febre dos torcedores, não só do Paraná Clube. E deu certo!", acrescenta.

Se este tweet chegar a 300 RTs, o estagiário vai junto com o time para BEAGÁ acompanhar @atletico x @ParanaClube. AJUDE O ESTAGIÁRIO!— Paraná Clube (@ParanaClube) 29 de maio de 2017

Pela primeira vez na capital mineira, o "faz tudo" sabe que, mesmo sem a intenção de ofender os adversários, é preciso ter um limite. Respeitar os rivais e, principalmente, entender a paixão dos amantes da bola é fundamental para o sucesso do perfil oficial.

"O limite é o principal ponto. Não podemos desrespeitar os outros clubes e a paixão dos torcedores. Entramos na onda de usar termos que eles utilizam para aproximar o Paraná destas pessoas", explica Sanches.

"Até hoje não tivemos nenhum problema. Às vezes damos uma provocadinha, mas bem de leve. Os outros clubes também nos provocam e levamos na brincadeira. No último sábado (27), o Juventude fez um gol no finalzinho; escrevi uma coisa e eles responderam. Os clubes estão abrindo a mente e dando liberdade para trabalharmos desta forma", conclui.

Ainda segundo o eterno estagiário, a estratégia de aliar a paixão pela bola ao humor ajuda a quebrar a rivalidade, hoje tão violenta. Para se ter ideia, o perfil da Gralha Azul no Twitter quase duplicou o número de seguidores de agosto de 2016 a maio deste ano, período em que Rodrigo assumiu a função.

"Nosso objetivo é fazer o torcedor do Paraná se aproximar dos jogadores, na qual ele possa ver que atrás daquele cara que está no gramado jogando existe uma pessoa que brinca, dá risada e fala besteira fora do horário de trabalho. Utilizamos bastante nosso canal do Youtube para isso, fazendo desafios, e propondo um bate papo engraçado", finaliza.

Assim como Rodrigo, outros profissionais adotam a mesma forma de trabalho. Eles, inclusive, criaram um grupo no Whatsapp para trocar ideias, informações e compartilhar experiências.Reprodução/Twitter 

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