Da busca por recorde à marca negativa: Atlético no Independência vive montanha-russa em 2017

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
13/07/2017 às 19:35.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:33
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

Ao receber o Fluminense no Horto, para a segunda rodada do Campeonato Brasileiro, o Atlético de Roger Machado entrava em campo para igualar um recorde histórico. Iria em busca da 12ª vitória consecutiva no novo Independência, feito alcançado pelo time vencedor da Libertadores, em 2013. Os cariocas, porém, venceram por 2 a 1 e deram início a uma outra marca, desta vez negativa.

Nesta Série A de 2017, o Galo acumula apenas 38% de aproveitamento como mandante. E, com apenas sete jogos disputados em casa, já igualou o máximo de derrotas sofridas em edições anteriores (três tropeços, em 2015 e 2016), considerando os cinco anos desde a reabertura da arena.

Após o revés diante do Santos por 1 a 0, anteontem, os jogadores reconheceram o mau desempenho vivido no outrora “caldeirão” alvinegro. “Aquele time de 2013 e 2014 era praticamente imbatível em casa”, lembrou o ex-atleticano Leandro Donizete.

Para Roger Machado, a dificuldade se deve ao estilo de jogo adotado pelos adversários. Na visão do treinador, as equipes que visitam o Galo no Horto tendem a adotar uma postura mais defensiva, dificultando o desempenho.

“As derrotas em casa foram contra times que se propuseram a contra-atacar. Justamente dentro da característica ofensiva do nosso jogo, como mandante, é que estamos sofrendo e dando espaços para o adversário”, analisou Roger.

A força do Atlético vem caindo no Independência. Nos três primeiros anos disputando o Brasileirão no Horto, o Galo teve aproveitamento superior a 75% como mandante. 

Em 2015, apresentou o pior rendimento (66,6%). E, no ano passado, conseguiu melhorar o índice graças a outra sequência de vitórias. Na ocasião, inclusive, igualou o recorde do Santos, com 12 triunfos seguidos em casa pela competição nacional – incluindo neste quesito as partidas realizadas no Mineirão. 

Apesar do início desastroso em 2017, classificado pelo goleiro Victor como “decepcionante”, o Atlético ainda tem a chance de evitar o pior rendimento no Independência. Para superar 2015, o time precisaria somar 30 pontos nas 12 partidas restantes em casa (dez vitórias ou nove triunfos e três empates). Caso vença todas as partidas no Horto até o fim do campeonato, o aproveitamento máximo será de 77,19%, ainda abaixo dos 82,4% alcançados em 2012.

A mística do “Caiu no Horto, tá morto” havia sido ressuscitada pelo próprio Roger na arrancada deste ano. Na derrota para o Santos, contudo, o que se ouviu nas arquibancadas foram vaias.Editoria de Arte/Hoje em Dia / N/A

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