Pelo segundo jogo consecutivo, o Atlético demonstrou pouca eficiência ofensiva e baixa segurança defensiva. Na estreia da Copa do Brasil, diante do Paraná, levou uma virada que entrará para a história da equipe de Curitiba. Por 3 a 2 para a equipe paranista, o Galo estreia com o pé esquerdo na competição da qual foi finalista em 2016.
Pela ida das oitavas de final, o Atlético tinha um time bastante superior ao time da Série B. Mas falhas de Victor, Gabriel e do ataque na hora de concluir impediram o Atlético de encaminhar a vaga para as quartas. Agora, no jogo de volta em BH, na próxima semana, terá de vencer para se manter vivo na competição.
O JOGO
O goleiro Léo, do Paraná Clube, entrou no Couto Pereira carregando nas luvas uma sequência de 724 minutos sem levar gol. Mas esta marca logo se encerrou aos oito minutos de jogo contra o Atlético. De forma avassaladora, o Atlético iniciou a partida marcando logo aos 8 minutos, com Elias, aproveitando um escanteio de Cazares.
Parecia que a equipe mineira iria dominar por completo a partida e já sair praticamente classificado para as quartas de final. Mas o Paraná não se deu por morto e aproveitou um péssimo dia do outro goleiro da partida, Victor.
Jogando fora de casa, mesmo como mandante, o Paraná apresentava limitações evidentes, principalmente na defesa. Mas o Atlético não ficou atrás. Felipe Santana chegou atrasado no combate, cometeu falta. Matheus Biteco cobrou no canto de Victor, que, mal posicionado, nada pôde fazer.
Com o placar novamente igualado, o Atlético se impôs no primeiro tempo e criou várias oportunidades para até criar vantagem significativa no placar. Mas cansou de desperdiçar chances de gol, assim como aconteceu na derrota para o Fluminense. Robinho chegou a acertar a trave em boa jogada coletiva.
No segundo tempo, as forças se equilibraram no Couto Pereira. O Atlético, agora, apostava no contra-ataque, principalmente pela direita. Com Marcos Rocha, o Galo puxou ótimo contragolpe e Cazares novamente assistiu um companheiro. Desta vez, Robinho recebeu na esquerda, puxou na diagonal, em ótima jogada individual, chutou de forma indefensável para recolocar o Atlético em vantagem.
Mas a zaga alvinegra apareceria negativamente no jogo. Primeiro, Gabriel errou na marcação num lançamento longo do Paraná e o atacante Felipe Alves, que havia acabado de entrar no jogo, fez o gol do empate de cabeça. Antes, o Paraná também havia acertado a mesma trave de Robinho.
Um baque que o Galo não esperava ter na estreia da Copa do Brasil. O ataque parou de funcionar com a sumida de Cazares e Fred novamente bem marcado. As pernas cansaram e Victor falhou outra vez. Guilherme Biteco, de costas para o gol do Atlético, virou rapidamente para chutar de forma rasteira, no canto do goleiro. Bola defensável que morreu no fundo das redes.
Paraná 3x2 Atlético
Paraná: Léo; Leandro Vilela, Rayan, Brock e Igor; Gabriel Dias, Alex Santana, Guilherme Biteco (Matheus Carvalho) e Renatinho (Jhony); Pedro Bortoluzo (Felipe Alves) e Robson: Cristian de Souza
Atlético: Victor; Marcos Rocha, Felipe Santana, Gabriel e Fábio Santos; Rafael Carioca, Adilson (Maicosuel) e Elias; Robinho, Cazares (Otero) e Fred (Rafael Moura). Técnico: Roger Machado.
Gols: Elias, aos 8'/1ºT; Guilherme Biteco, aos 19'/1ºT; Robinho, aos 10'/2ºT e Felipe Alves, aos 19'/2ºT; Guilherme Biteco, aos 28'/2ºT
Arbitragem: Rodrigo D'Alonso Ferreira; auxiliado por Kleber Lucio Gil e Helton Nunes. Trio de Santa Catarina
Cartões amarelos: Rafael Carioca, Felipe Santana e Robinho (CAM); Matheus Carvalho, Gabriel Dias, Alex Santana e Leandro Vilela (PAR)
Público: 17.984 pagantes
Renda: R$ 560.570,00