Se não fosse boa, não se chamaria vantagem. De toda forma, no Campeonato Mineiro, por mais que possa mudar o contorno de um confronto ou a postura das equipes numa determinada partida, jogar as semifinais ou a final por dois empates ou vitória e derrota pela mesma diferença de gols não tem sido decisivo.
Fruto da principal disputa nesta primeira fase do Campeonato Mineiro entre Atlético, que já assegurou o primeiro lugar matematicamente, e Cruzeiro, a vantagem decidiu apenas um dos 39 confrontos (26 pelas semifinais e 13 pela final) nas últimas 13 edições do Estadual que tiveram a mesma fórmula de disputa da competição de 2017.
Isso aconteceu na final de 2014, quando o Cruzeiro conquistou o título empatando por 0 a 0 a ida, no Independência, e pelo mesmo placar a volta, no Mineirão, numa decisão diante do rival Atlético.
A última conquista cruzeirense, já que nas duas últimas edições a Raposa caiu ainda nas semifinais, diante de Atlético (2015) e América (2016), foi também a última vez em que o time que disputou a final em vantagem foi campeão.
E isso não chega a ser uma novidade. Muito pelo contrário. Nas 13 decisões do Estadual a partir de 2004, apenas cinco vezes levantou a taça o clube que jogava em vantagem. Em oito oportunidades, quem entrou na decisão em condição de inferioridade foi campeão.
Nos 26 confrontos de semifinais a partir de 2004, a vantagem prevista no regulamento nunca precisou ser usada para uma equipe garantir vaga na decisão.
Mas ao contrário da final, os donos das melhores campanhas na primeira fase souberam fazer valer a sua superioridade, pois foram à decisão 19 vezes.
Em 23 de abril, data da volta das semifinais, e 7 de maio, quando será decidido o campeão mineiro deste ano, o torcedor saberá se a vantagem foi ou não decisiva em 2017. Editoria de Arte / N/A
Vantagem do primeiro lugar geral na fase de grupos não tem tanto peso nas decisões do Estadual