(Marty Melville)
Se a quarta colocação no Sul-Americano Sub-20, no início do ano, no Uruguai, foi considerada um fracasso brasileiro, a garantia de figurar entre os quatro melhores no Mundial da categoria, em andamento na Nova Zelândia, dá outro status aos jovens que defendem a amarelinha.
Nesta terça-feira (16), quando o relógio marcar 0h no Brasil, iniciando a quarta-feira, os comandados do técnico Rogério Micale estarão chegando ao estádio Christchurch para entrar novamente em campo. Desta vez, o desafio é vencer Senegal, à 1h (horário de Brasília) para chegar à grande decisão.
Para não ficar no meio do caminho e ter condições físicas de conquistar o hexacampeonato, o treinador brasileiro resolveu dar um descanso ao grupo. Desgastados após decidirem as oitavas de final com o Uruguai, e as quartas, diante de Portugal – passando por tempo normal, prorrogação e cobranças de pênaltis –, os jogadores não tiveram atividades físicas e com bola nos dois dias após o triunfo contra os lusos.
“O que esses meninos estão mostrando é a qualidade do jogador brasileiro”, diz Micale sobre o rendimento da Seleção na Nova Zelândia. “Você passa alguns conceitos que acredita, mas com o nível de excelência deles fica muito mais fácil”, acrescenta o treinador brasileiro.
E correr contra o relógio é algo que virou rotina na vida de Rogério Micale. Desde que ele assumiu a Seleção, faltando aproximadamente 20 dias para a estreia no Mundial, o treinador precisou se adaptar à falta de tempo para deixar o time na ponta dos cascos.
Assumir o cargo foi algo tão imediato que ele não pôde nem montar a lista de convocados para o torneio. Quando assumiu a responsabilidade, os nomes já tinham sido enviados à Fifa pelo antecessor, o técnico Alexandre Gallo.
O adversário
Estar entre as quatro melhores seleções do mundo, na categoria, não significa que Senegal tenha tido uma caminhada tranquila até as semifinais. Na primeira fase, obteve uma classificação suada. Os senegaleses ficaram em terceiro lugar do Grupo C, com uma vitória, uma derrota e um empate.
Nas oitavas de final, o adversário de Senegal foi a Ucrânia, que havia se classificado como líder do Grupo A. O triunfo africano veio nos pênaltis. Na fase seguinte (quartas), uma vitória magra, por 1 a 0, contra 0 Uzbequistão, credenciou os senegaleses a encarar o Brasil buscando vaga na final.