Desequilíbrio histórico - números comprovam efeitos da altitude

Felipe Torres - Hoje em Dia
11/03/2013 às 08:03.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:46
 (Bruno Cantini)

(Bruno Cantini)

Os times brasileiros temem mais que os próprios adversários da Copa Libertadores. Não há craque que drible a altitude e seus efeitos. E chegou o momento de o Atlético subir o “morro” para encarar o Strongest, em La Paz, na Bolívia, na quarta-feira, às 22h (de Brasília).

E é bom o Galo abrir os olhos. Afinal, os números provam que os brasileiros sofrem nas “alturas”. Em duelos contra adversários que mandam seus jogos em cidades acima de 2,5 mil metros, o retrospecto se mostra desfavorável. Desde a primeira edição da Libertadores, em 1960, são 77 confrontos – com 24 vitórias, 18 empates e 35 derrotas.

As náuseas, dores de cabeça, desidratação e outras consequências da dificuldade na captação de oxigênio viraram uma arma a mais de bolivianos, colombianos e equatorianos. Tanto que nos jogos no Brasil, diante dos mesmos adversários, a superioridade verde e amarela é impressionante.

São 70 vitórias e seis empates. Isso significa que em 63 anos, apenas um time da altitude, o Bolívar, conseguiu derrubar um brasileiro, o Atlético-PR, na Arena da Baixada, em 2002. Na última quinta, o Galo bateu o próprio http://www.hojeemdia.com.br/esportes/altetico/esporte-em-pauta-atletico-comprova-caiu-no-horto-ta-morto-1.99089, no Independência, e, para tentar se adaptar, http://www.hojeemdia.com.br/esportes/altetico/atletico-chega-a-bolivia-com-ronaldinho-sob-os-holofotes-1.99840.

Fator psicológico

“É sempre complicado jogar na Bolívia. Tive outras experiências e não é fácil. Conta muito também o fator psicológico. Precisamos estar bem preparados fisicamente”, avisa Gilberto Silva.

O volante conhece bem os desconfortos de La Paz. Além dos duelos com a Seleção, Gilberto Silva foi à capital boliviana com o Atlético, na Libertadores de 2000. E o resultado reforça o quanto a altitude desequilibra. O alvinegro acabou humilhado pelo Bolívar, por 4 a 0. No Mineirão havia vencido (1 a 0).

Por sua vez, Victor atenta para um outro efeito da “montanha”: a velocidade da bola. “Ela se torna rápida e pesada. Qualquer chute, até aquele despretensioso, pode ser perigoso. Portanto, este período de adaptação será importante, para assimilar o tempo de bola”, analisa.

Em 2013, Grêmio, São Paulo e Corinthians não tiveram sucesso na altitude. Os gaúchos caíram em Quito, diante da LDU, por 1 a 0. O tricolor paulista tomou uma virada incrível do Bolívar, por 4 a 3, após abrir 3 a 0. O Timão empatou com o San José (1 a 1), em Oruro, na Bolívia.

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