Chegou o dia do jogo mais importante da história do Pequi Atômico. Ao menos por enquanto, já que uma vitória na estreia do Sul-Americano Masculino de Clubes, diante do Bohemios, do Uruguai, praticamente assegura passagem às semifinais. O jogo, às 20h, fecha a rodada inicial da competição, no Poliesportivo Tancredo Neves, em Montes Claros.
Com a desistência do Montjoly, da Guiana Francesa, por problemas financeiros, o Grupo A ficou composto pelos dois adversários de hoje e pelo favorito Sada Cruzeiro, que chega hoje ao Norte do estado. E, como a equipe semiprofissional do Uruguai dificilmente surpreenderá o time celeste, vencer representa transformar o clássico de amanhã num duelo pelo primeiro lugar da chave.
“Lógico que toda estreia. especialmente numa competição em que o time nunca participou, traz um certo nervosismo, uma ansiedade que eu considero positiva, porque faz com que a gente se prepare de forma ainda melhor. Os times argentinos são bastante fortes, estão acostumados a disputar esse tipo de torneio. Mas com o nível de jogo que temos mostrado na Superliga e a ajuda da torcida, temos condições de enfrentá-los. Chegar a uma final será bastante difícil, mas é o nosso objetivo”, destaca o técnico Marcelinho Ramos.
Se UPCN e Bolivar, que estão no Grupo B e estreiam, respectivamente contra Unilever, do Peru (17h) e San Martín, da Bolívia (18h30) são rivais mais conhecidos, o treinador do time mineiro admite que a falta de informações sobre o primeiro adversário é um complicador. “Sabemos muito pouco sobre eles, o que é mais um motivo para encará-los com respeito muito grande, mas vamos trabalhar para chegar o mais longe possível”, destaca o comandante.
A ordem no grupo é esquecer, ao menos momentaneamente, da partida de sábado, diante do Campinas, em que os erros da arbitragem acabaram colaborando para a derrota por 3 a 2 na cidade paulista.
Tetra à vista
Se para o Montes Claros chegar à grande final já seria um feito, que abriria a possibilidade de um convite da FIVB para o Mundial Interclubes da Polônia, o Cruzeiro chega à competição em busca do quarto título – levantou o troféu em 2012, 2014 e no ano passado, mas ainda não conseguiu o feito em seu estado. Apesar da invencibilidade de 17 partidas na Superliga; dos três títulos mundiais e do entrosamento cada vez mais perfeito de um grupo que perdeu Wallace e Éder, mas se reforçou com o campeão olímpico Evandro e o cubano “Simonster” Simon, o técnico Marcelo Méndez prega cautela e sabe que será preciso mostrar o nível habitual de jogo, sem irregularidade, para confirmar na quadra o favoritismo. O argentino conhece bem o que podem lhe reservar os compatriotas Carlos Weber (Bolivar) e Fabián Armoa (UPCN).