Dinheiro e bicampeonato inédito motivam Cruzeiro para estreia na Copa do Brasil 2018

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
15/05/2018 às 21:54.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:51
 (Vinnicius Silva/Cruzeiro/Divulgação)

(Vinnicius Silva/Cruzeiro/Divulgação)

O Cruzeiro inicia na noite de hoje, contra o Atlético-PR, às 21h45, na Arena da Baixada, em Curitiba, a disputa da Copa do Brasil buscando um feito inédito e uma premiação que pode salvar a temporada, que se não terminar com um grande título agravará ainda mais a crise financeira do clube.

Tecnicamente, o desafio cruzeirense é se tornar o primeiro bicampeão da Copa do Brasil em sequência, o que nunca aconteceu na história da competição, em parte por culpa do regulamento.

Entre 1989, quando foi criada, e 1994, a Copa do Brasil recebeu apenas campeões estaduais e os vices de cinco estados, de acordo com o ranking da CBF, sendo que São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul sempre estiveram entre eles.

De 2001 a 2012, o campeão da Copa do Brasil, como garantia presença na Libertadores do ano seguinte, não tinha a chance de defender o seu título, pois o calendário do futebol brasileiro previa a disputa das duas competições nas mesmas datas.

De toda forma, em 17 das 29 edições da Copa do Brasil não havia restrição quanto à participação do campeão do ano anterior na competição. E ninguém conseguiu chegar ao bi. 

O mais próximo disso foi o Grêmio, campeão de 1994 e finalista em 1995, mas derrotado pelo Corinthians na segunda oportunidade.

Desde a criação da Copa do Brasil, quatro clubes conseguiram sequências de títulos em anos seguidos no Brasileirão.

O São Paulo foi tri em 2006, 2007 e 2008, período em que o campeão da Copa do Brasil não participava da edição do ano seguinte.

Mas os bicampeonatos de Palmeiras (1993 e 1994), Corinthians (1998 e 1999) e Cruzeiro (2013 e 2014) aconteceram com a segunda competição nacional aberta a todos os clubes.

DINHEIRO

Se faria história com a taça da Copa do Brasil de 2018, não só por ser o primeiro bi em sequência – mas também por se tornar o maior campeão, pois chegaria ao hexa, ultrapassando o Grêmio, com quem divide o posto com cinco conquistas –, o Cruzeiro teria ainda uma recompensa financeira que ajudaria e muito a equilibrar as finanças do clube.

No ano passado, o título da Copa do Brasil valeu ao Cruzeiro, em premiação, R$ 12,8 milhões. Se chegar ao inédito bi neste ano, a bolada será de R$ 61,9 milhões.

CALENDÁRIO

Como disputa a Copa Libertadores, o Cruzeiro já entra na Copa do Brasil nas oitavas de final. E isso deixa o time de Mano Menezes a apenas oito jogos do título.

Seria a competição em que o clube menos entrou em campo na caminhada até uma possível taça, contra 16 partidas pelo Mineiro, 14 pela Libertadores e 38 pelo Brasileirão.

Na ordem de importância, sem dúvida a Copa do Brasil está atrás da Libertadores e do Brasileirão. Mas se forem considerados todos os aspectos, com certeza seria a mais lucrativa.

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