(Renam Muniz)
Amor de carnaval. Assim pode ser traduzida a relação entre a Patrocinense e o técnico Wellington Fajardo, contratado durante o período de folia para tirar a equipe do Alto Paranaíba da lanterna do Campeonato Mineiro. Deu certo.
Após assumir o time, que havia conquistado apenas uma vitória em 6 partidas, o treinador conseguiu reação incrível e agora se prepara para encarar o Cruzeiro, no sábado (17), pelas quartas de final do Estadual; feito inédito na história do clube, assim como a classificação para a Série D do Brasileirão de 2019.
"Foi um trabalho muito difícil. No dia da nossa apresentação, as torcidas organizadas estavam lá e fizeram uma pressão muito grande. O clima estava bastante hostil", conta Fajardo, de 56 anos.
"Procuramos, em primeiro lugar, trabalhar a questão psicológica da equipe, mostrando aos jogadores que tínhamos condições de sair desta situação. Contei que eu já tinha vivido esta experiência pelo menos umas quatro vezes e nunca tinha rebaixado nenhum time", acrescenta.
Acionado às pressas, Wellington conhecia apenas o goleiro Neguete, com o qual havia trabalhado em 2012 na Caldense. Os outros 21 do elenco, porém, foram estudados em uma única semana de trabalho.
Encarar o Cruzeiro
No duelo deste fim de semana, o qual julga como o confronto de Davi e Golias, o treinador sabe que terá pela frente um dos melhores time do país. Contudo, nem isso o faz pensar em adotar a famosa retranca para, no mínimo, levar a partida para os pênaltis.
"As equipes que defendo têm DNA Ofensivo. Treinador que só joga com o time atrás acaba ficando doente, pois a bola passa o tempo todo no seu gol. Sempre busco vencer o jogo. Fizemos gol sobre meu comando em todas as partidas, menos contra o Uberlândia. Vamos tomar cuidado com o sistema do Cruzeiro, mas vamos atacá-los também", revela ao Hoje em Dia.
"Procurei introduzir uma parte tática com um sistema mais simples de aprendizado, o 4-2-3-1, que é bastante moderno", finaliza.
Cruzeiro e Patrocinense se enfrentam no sábado, às 16h, no Gigante da Pampulha. Um empate leva a partida para os pênaltis. Quem vencer, avança às semifinais.Arquivo Pessoal / N/A
Ex-goleiro, Fajardo foi revelado pelo América e, posteriormente, realizou 80 partidas com a camisa do Cruzeiro