Durant repete passos de LeBron James por título e desperta ódio

Estadão Conteúdo
01/06/2017 às 08:51.
Atualizado em 15/11/2021 às 16:14
 (Ronald Martinez/Getty Images/AFP)

(Ronald Martinez/Getty Images/AFP)

Em 8 de julho de 2010, LeBron James confirmou que estava deixando o Cleveland Cavaliers para "levar seus talentos" para a Flórida, onde defendeu por quatro temporadas o Miami Heat. O anúncio teve ampla cobertura da mídia e foi feito em um programa de TV, com torcedores acompanhando em tempo real como se fosse uma final de campeonato. A expectativa para saber o futuro de um dos maiores jogadores da NBA era simples: estava se formando uma nova potência na liga.

O astro dos Cavaliers optou por deixar o time de sua cidade natal para atuar ao lado de Dwayne Wade e Chris Bosh, outras duas grandes estrelas da NBA, e ter chance real de ganhar um título, algo que não conseguiu nos sete primeiros anos de sua carreira.

A aposta deu certo e LeBron chegou em quatro finais enquanto defendeu o Heat, ganhando o título em duas oportunidades. Mas se o sucesso esportivo veio, o jogador se tornou alvo de animosidades dos demais torcedores, que o acusaram de formar uma "panela" com seus amigos e desequilibrar a liga. Quatro anos depois, menos pressionado para ganhar o anel de campeão, LeBron voltou para "casa" e conseguiu um título para o Cleveland Cavaliers.

Nesta temporada, foi a vez de Kevin Durant passar por esse processo, provocando ódio dos rivais. Grande estrela do Oklahoma City Thunder, o ala preferiu deixar seu fiel escudeiro Russell Westbrook para trás e se juntar ao Golden State Warriors, que já tinha um trio de estrelas: Draymond Green, Stephen Curry e Klay Thompson.

Acusado de criar uma "nova panela" e desequilibrar a disputa entre as equipes, Durant se defendeu. "Eu sou a razão do Orlando Magic não chegar aos playoffs por cinco ou seis anos? Sou o motivo do Brooklyn Nets ter entregue todas as suas escolhas de draft para Boston? Não posso jogar por todas as equipes e só deixei um time. É um candidato ao título a menos. Eu não posso melhorar o Leste inteiro. Não posso fazer todos no Oeste melhores", desabafou o astro, em entrevista ao site USA Today Sports.

Aos 28 anos, o MVP da temporada 2013/2014 e quatro vezes maior pontuador da NBA tem uma opção de renovar seu contrato automaticamente para a próxima temporada para ganhar US$ 27,7 milhões (R$ 90,7 milhões), e ficar mais um ano na franquia de Oakland. "Aqui é onde eu devia estar a essa altura da minha vida. Estou encarando isso e conquistando tudo. Estou aproveitando cada passo", declarou ao site The Undefeated. "Eu tomei uma decisão 100% correta, vencendo ou perdendo. Eu sinto que esse é o lugar que eu devia estar. Eu aprecio tudo que fiz antes disso, mas estou aqui agora e eu sinto que é um bom lugar para mim."

Quem ficará sem contrato para a próxima temporada é Stephen Curry. Melhor jogador da liga nos dois últimos anos, o armador tem apenas o quarto maior salário dos Warriors, ganhando pouco mais de US$ 12 milhões (R$ 39 milhões). Na próxima negociação, é provável que a franquia ofereça um contrato de cinco anos ao seu principal jogador, no valor total de US$ 210 milhões (R$ 686 milhões).

O próprio jogador já deu a entender que vai continuar no time californiano, e não deixará sua renovação de contrato virar uma novela. "Espero que não (vire uma novela), porque nos preocuparemos com isso apenas no verão (norte-americano). Minha resposta não será diferente durante o ano. Então, continuem me perguntando, não terei uma resposta diferente", disse aos jornalistas.

O problema para os Warriors é que essa proposta deve comprometer o teto salarial do time. Se conseguir manter Curry, o time não terá espaço para manter jogadores secundários do elenco, como Andre Iguodala e Shaun Livingston, fundamentais para manter o esquema de jogo da equipe.
http://www.estadao.com.br

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