Duras missões: ainda sem técnico, Atlético terá três batalhas seguidas como visitante

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
14/02/2018 às 20:13.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:21
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

A demissão fulgaz de Oswaldo de Oliveira escancarou um começo de temporada para lá de negativo no Atlético. Mas, como depois de toda Quarta-feira de Cinzas, a vida há de seguir. Sem treinador, por enquanto. Até o momento, o Galo segue com o comando do time profissional nas mãos do interino Thiago Larghi, ex-analista de desempenho da Seleção, que era auxiliar de Oswaldo.

Cuca, Abel e, mais recentemente Fábio Carille, foram tentados, direta ou indiretamente pela diretoria alvinegra. O diretor de futebol Alexandre Gallo segue em busca do novo nome para substituir Oswaldo. Até lá, o alvinegro será comandado por Larghi, que fechou os treinamentos de ontem, hoje e amanhã para a imprensa. Os jornalistas só poderão acompanhar as entrevistas coletivas antes das atividades, e registrar imagens durante os 15 minutos iniciais.

As atividades visam a preparação para importantes duelos. Primeiro no clássico contra o vice-líder América, como visitante no Independência. No meio da próxima semana, será a vez de decidir novamente a vida na Copa do Brasil. Pegará o Botafogo-SP na quarta-feira que vem (21), fora de casa, precisando vencer (empate leva decisão para os pênaltis).

Depois, terá o Tupi em Juiz de Fora como desafio. Foram oito confrontos entre os Galos de Minas no Estádio Mario Helênio neste Novo Milênio. E o Atlético só venceu dois, com outras duas derrotas e quatro empates. Aproveitamento de apenas 41,6%. Esses três duelos são os últimos antes de encarar o Cruzeiro pelo Campeonato Mineiro, em 4 de março, pela nona rodada (Galo mandante, no Horto).

Sem anunciar um nome até o fechamento desta edição, o Galo completou o 5º dia sem técnico, um período que não era tão largo, durante o caminhar de uma temporada, desde 2007, quando Levir foi para o Japão e Zetti foi trazido 10 dias depois.

“O começo está ruim, não era o que queríamos para inicio de competição. Algumas mudanças foram feitas, e estão acontecendo. Mas, às vezes, o final pode ser surpreendente. O resultado final pode ser melhor do que aquilo que começamos”, disse o zagueiro Leonardo Silva. 

REUNIÃO POR NOME
A diretoria do Atlético, encabeçada pelo presidente Sérgio Sette Câmara, seguiu as últimas horas em conversas e até mesmo reuniões para decidir por um nome que seja unanimidade entre a cúpula do Galo.

Segundo apurou o Hoje em Dia, um dos postulantes ao cargo é Luiz Felipe Scolari. Felipão está desempregado desde que deixou o Guangzhou Evergrande - onde foi tricampeão nacional e vencedor da Champions Asiática em 2015 - no fim do ano passado.

O treinador de 69 anos, entretanto, teria de vencer resistência principalmente por parte do Gallo, que foi seu olheiro durante a Copa do Mundo de 2014, no vexame dos 7x1. Felipão, segundo informações divulgadas à época, teria saído da CBF chateado com Gallo, pois “vazou” um relatório no qual recomendava a escalação de um volante adicional diante da Alemanha.

Entretanto, o Hoje em Dia apurou que, pela parte de Scolari, não haveria problemas da parte do técnico pentacampeão mundial em 2012 voltar a trabalhar com o atual diretor de futebol do Atlético. Com características que batem com as de Scolari, Vanderlei Luxemburgo também está no páreo. O treinador deixou o Sport Recife em 2017, após brigar contra o rebaixamento no Brasileirão. 

“Precisamos o mais rápido possível trazer um comandante que realmente nos dê um rumo (...) num time intenso, com marcação na frente, com força e pegada”, disse Gallo, após a derrota pra Caldense.

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