(Bruno Cantini/Atlético)
Contrato até dezembro de 2018 e "sonho" realizado. Assim foi a apresentação de Oswaldo Oliveira, na tarde desta terça-feira (26), na Cidade do Galo. Novo treinador do alvinegro, substituindo Rogério Micale, ele encheu a bola da torcida, a qual chamou de "avassaladora" e prometeu trabalhar bastante o lado psicológico dos jogadores para que o time finalmente consiga sequência grande de vitórias e não corra risco algum de rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
Apresentado pelo presidente Daniel Nepomuceno, o novo comandante tem carta branca para realizar toda e qualquer mudança que queira no time atleticano. Confiança na experiência de Oliveira, inclusive, foi a justificativa do mandatário para apostar na contratação.
"Sabemos do momento e que estamos devendo. O momento é difícil mas não é crítico. Confiamos nele", comentou Nepomuceno. " O objetivo principal é trazer estabilidade e conseguir quatro ou cinco vitórias o mais rápido possível", acrescentou o carioca, de 66 anos.
Confira os principais trechos da entrevista de apresentação de Oswaldo de Oliveira:
Sonho realizado
"Gostaria de expressar a minha satisfação por estar aqui. Confesso que dirigir o Atlético, para mim, é a realização de um sonho. Já dirigi outras grandes equipes brasileiras, mas confesso que o Atlético não é só composição do meu currículo, é a realização de um sonho"
Torcida do Atlético
"Vim com o Corinthians em 1999, na final do Brasileiro, e fiquei impressionadíssimo com a manifestação do torcedor do Galo. Aquilo mexeu comigo e ecoa nos meus ouvidos até hoje."
"Vim no Independência e era sempre uma dificuldade muito grande. Acabei de dizer para os jogadores que a torcida do Galo não é o 12º jogador, ela é parte de cada um deles. Vi esse time se transformar em campo por causa do apoio da torcida várias vezes. A torcida do Atlético sempre foi avassaladora, tanto no Mineirão quanto no Independência. Esse resgate tem que ser feito pelos atletas."
Primeiro contato com a diretoria
"Fiquei surpreso porque eu estava num programa de TV e meu telefone tocou. Já sabia da saída do Micale, ao qual quero render minhas homenagens. Trata-se de um treinador prodígio. Estou muito feliz de ter esta possibilidade. Vim para ser um treinador que sonha com uma extensão e com o cumprimento do contrato, por isso estou aqui. Não vim apenas para terminar o Campeonato Brasileiro. Temos planos para o próximo ano e ter um trabalho mais organizado e racional, da maneira que penso que tenha que ser. "Independente de Libertadores, quero um trabalho consistente e de durabilidade."
Importância da sequência de trabalho
"Há pouco tempo examinei algumas estatísticas e recebi uma de que, de 2000 até 2016, onze títulos foram de treinadores que estavam no cargo há mais de um ano. Aquelas equipes que mudaram de treinador no meio da temporada, não conseguiram o status maior da América do Sul. Meus melhores desempenhos foram quando tive oportundiade de ter continuidade. O mais recente foi no Japaão, onde fiquei 5 anos e ganhei 9 títulos".
"Eles (diretoria) gostaram quando eu falei que aceitaria ficar até o ano que vem e sentiram a seriedade do meu trabalho. Se fico até o final do ano eu não teria ambição alguma aqui. Tenho capacidade e experiência para isso".
Assume toda e qualquer responsabilidade?
"No meu ponto de vista, a responsabilidade é minha sim. Estou aqui para pilotar este projeto e vou me responsabilizar por tudo que acontecer. Claro que o rescaldo vai ter muita interferência. Vou ter que trabalhar muito mais a cabeça dos jogadores do que o plano tático e físico".
"O elenco é tudo aquilo sim e o time é muito bom. Tem circusntâncias que precisam ser equilibradas. O momento psicológico não é bom porque a equipe se afastou dos grandes títulos, mas acredito muito na reconstrução nestes dois meses que temos. Os jogadores estão apenas inseguros e desconfiados devido aos resultados".
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