O Atlético contestará na justiça a medida obtida pelo Grêmio, que bloqueia parte do dinheiro da venda de Lucas Pratto, ao São Paulo, em favor do abatimento de uma dívida que os gaúchos cobram do Galo, pela venda de Victor.
Os jogadores do Atlético, que ficam alheio a questões extra-campo do clube, no entanto, torcem para que os cofres do Galo não fica sem este dinheiro da transferência de Pratto ao Morumbi. Afinal de contas, será a segunda maior venda da história do clube alvinegro, num valor que ajudaria e muito a bancar os salários e direitos de imagem de um elenco com um das maiores folhas salariais da Série A.
"A gente não sabia do que se tratava. Ficamos sabendo pela internet. Ninguém nos posicionou de nada. Mas nós, com jogador, acreditamos que o Atlético tem uma equipe capaz de reverter isso na parte jurídica. E fico na torcida que o dinheiro venha para cá, para nos ajudar", disse Rafael Carioca, curiosamente formado nas categorias de base do Grêmio.
O Imortal Tricolor cobra mais de R$ 10 milhões pela segunda parcela do pagamento do goleiro Victor, que o Galo não quitou quando comprou o jogador em 2012. O valor original da dívida era de pouco menos de R$ 4 milhões, mas já aumentou nos juros e correções monetárias.
O diretor jurídico do Atlético informou que o clube questiona o Grêmio em relação a um não repasse de 50% do empréstimo de Werley ao Santos e Figueirense, quando o Galo deveria receber uma compensação pelo tricolor gaúcho ter cedido o zagueiro (que foi repassado ao time de Porto Alegre na compra de Victor).
"Há uma discussão do valor que é devido. As partes já tentaram uma composição antes, mas não chegamos a um termo. Então, o Grêmio decidiu promover a ação questionando o valor global, mas o Atlético entende que este não é este o valor porque tem crédito para receber também na transação que envolveu o Werley", disse Lásaro Cândido, à Rádio Itatiaia.
Já o Grêmio alega que Werley foi emprestado de graça para Santos e Figueirense. Portanto, deveria repassar 50% de zero, que é zero.