Em busca de recordes, Ricardo Oliveira ‘empata’ em gols com centroavantes rivais somados

Cristiano Martins e Frederico Ribeiro
Hoje em Dia - Belo Horizonte
13/08/2018 às 21:58.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:54
 (Bruno Cantini/Divulgação/Atlético)

(Bruno Cantini/Divulgação/Atlético)

O centroavante Ricardo Oliveira tem exatos 38 anos, três meses e oito dias de vida. O número que chama a atenção, porém, é o de gols marcados desde a chegada ao Atlético. Ainda mais quando comparado aos demais atletas da posição em atividade nos principais clubes do futebol mineiro.

Com as duas finalizações decisivas na vitória por 3 a 1 sobre o Santos, no último domingo, o atacante chegou a 18 tentos na temporada. Para efeito de ilustração, isso praticamente equivale à soma de todos os demais “camisas 9” de ofício dos rivais Cruzeiro e América.

“Tive a felicidade de, em três ocasiões, fazer duas. É isso que o torcedor espera de mim e o que os meus companheiros sabem que eu posso dar. Às vezes, você participa de 90, 95 minutos, tem só uma chance e precisa fazer o gol”, comentou Ricardo após o triunfo.

A atuação destacada contra o ex-clube colocou o jogador na briga direta pela artilharia do Campeonato Brasileiro e também no "Top 5" dos maiores goleadores do país em 2018.

Clique para ampliar

O segredo está na regularidade. O Pastor chegou a amargar uma sequência de quatro partidas em jejum (entre a 12ª e a 15ª rodadas), mas soltou o grito três vezes nas últimas três participações. Assim, reaproximou-se da média de 0,52 gol por jogo registrada ao longo dos 18 anos de carreira.

“Exercito tanto o físico quanto o mental para superar as dificuldades da idade, que são normais e não me afetam em nada”, avaliou Ricardo, poupado em apenas uma das 18 partidas da Série A (derrota para o Flamengo por 1 a 0, na sétima rodada).

O camisa 9 chegou sem custos de transferência, com o clube bancando apenas o salário, três vezes inferior ao que o antecessor Fred receberia neste ano. E, até aqui, vem superando a desconfiança trazida pela idade. “É só um número”, costuma dizer.

Prêmios e marcas

Artilheiro do Brasileirão de 2015, o camisa 9 irá igualar ou até superar os dez tentos anotados no primeiro turno daquela edição caso balance a rede do Botafogo no duelo pela 19ª rodada, neste domingo (19), no estádio Nilton Santos.

Se mantiver a média e terminar como principal goleador da Série A, o Pastor se tornará o segundo atleta mais velho a ganhar o prêmio individual na competição, só atrás de Romário.

O Baixinho marcou 22 gols em 2005, pelo Vasco, aos 39 anos de idade. E ele mesmo aparece na segunda posição deste ranking, tendo superado os goleiros em 21 ocasiões, quatro temporadas antes, outra vez pelo Cruzmaltino.

Nascido em janeiro, o ex-camisa 11 ganha no “critério de desempate”, pois o próprio Ricardo Oliveira tinha 35 anos, mas quatro meses a menos de vida, quando faturou a única artilharia da carreira na competição, com 20 gols pelo Santos.

Disputas

Ao balançar as redes pela nona vez no Brasileirão, Ricardo Oliveira se igualou ao ex-companheiro Róger Guedes, negociado com o futebol chinês, na vice-artilharia desta edição 2018. O jovem Pedro (Fluminense) tem um a mais.

Em termos gerais no território nacional, o experiente atacante do Galo aparece na quarta colocação, ao lado do próprio Pedro. O líder isolado é Gustavo (Fortaleza), com 23 gols marcados neste ano no somatório de todos os torneios oficiais.

Cassiano (Paysandu) e Edson Cariús (Ferroviário) estão empatados em segundo lugar, com 20. Neto Baiano (CRB), Neilton (Vitória) e Arthur Cabral (Ceará) ocupam a terceira posição, com um a menos.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por