Em final épica, Murray derrota Djokovic e conquista o US Open

Agência Estado
10/09/2012 às 22:54.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:10
 (AFP PHOTO/DON EMMERT )

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Em uma decisão emocionante, de 4 horas e 54 minutos de duração, em Nova York, nesta segunda-feira, Andy Murray derrotou o sérvio Novak Djokovic por 3 sets a 2 - com parciais de 7/6 (12/10), 7/5, 2/6, 3/6 e 6/2 - e conquistou o título do US Open, o seu primeiro torneio de Grand Slam da carreira. Agora o número 3 do ranking mundial da ATP - ultrapassou o espanhol Rafael Nadal -, Murray se tornou o primeiro tenista da Grã-Bretanha a ser campeão de um Grand Slam depois de 76 anos. Fred Perry era o último, com o US Open de 1936. De quebra, o escocês derrubou outra escrita. Desde 2003, não haviam quatro vencedores diferentes nos quatro principais torneios do tênis. À época, Federer (Wimbledon), Roddick (US Open), Ferrero (Roland Garros) e Agassi (Austrália Open) foram os campeões. Este ano, Djoko levou o Australia Open, Nadal faturou Roland Garros e Federer levantou a taça de Wimbledon.

Até o jogo desta segunda, Murray havia chegado à quatro decisões de um dos quatro torneios mais importantes do circuito profissional de tênis. O britânico perdeu nas finais do Aberto da Austrália (2010 e 2011), Wimbledon (nesta temporada) e no próprio US Open, em 2008. Para demonstrar a sua força neste segundo semestre, ele conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres, com vitória na final sobre o suíço Roger Federer, o número 1 do mundo.

No confronto direto, esta foi a sétima vitória de Murray sobre Djokovic, que ainda está em vantagem por ter vencido outras oito partidas. Em decisões de torneios, o britânico agora está na frente em 4 a 2, sendo que o sérvio o derrotou na outra final de Grand Slam, o Aberto da Austrália de 2011, em que duelaram.

O JOGO - Murray e Djokovic fizeram um jogo confuso e recheado de quebras de saque no set inicial. Atrapalhados pelo forte vento na quadra central, os dois evitaram jogadas arriscadas na tentativa de manter o saque. A estratégia, porém, não deu certo. Cada um faturou duas quebras de saque, levando o duelo para o tie-break.

Djokovic, então, mostrou maior dificuldade para manter o padrão de jogo diante do forte vento e viu Murray crescer na partida. Depois de desperdiçar seguidas chances, o escocês se saiu melhor no fundo de quadra e fechou a parcial, que durou 1 hora e 27 minutos.

No começo do segundo set, Djokovic esteve irreconhecível e o resultado foram duas quebras de saque de Murray e vantagem de 4 a 0. No entanto, a partir daí foi o britânico que não se achou em quadra e, com garra, o sérvio devolveu as quebras e empatou a parcial. Murray se recuperou no final, obteve mais uma quebra e fechou em 7/5, abrindo 2 a 0 na decisão.

Com uma força mental incrível para superar grandes adversidades, Djokovic se superou em quadra para se manter vivo na final do US Open. No terceiro e quarto sets, o sérvio foi soberano, quebrou o saque de Murray várias vezes e igualou a partida com as vitórias por 6/2 e 6/3.

Aí veio o quinto e decisivo set e Murray não quis perder mais uma chance de conquistar o seu tão sonhado e inédito título de Grand Slam. Com bom saque e contando também com o cansaço de Djokovic, o britânico conseguiu quebrar duas vezes o serviço do rival, teve um deles devolvido na sequência, obteve nova quebra para fazer 5 a 2 e dominou o game decisivo, com seu saque, para ser campeão e fazer história.

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