Três pênaltis marcados, sendo que dois foram defendidos pelos goleiros, duas expulsões, duas substituições para que se tivesse o efeito de uma e muita polêmica. História não faltou ao empate por 1 a 1 entre Atlético e Palmeiras, neste sábado (9), no Estádio Independência, na partida de abertura da 23ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Com o resultado, os dois clubes não atingiram seus objetivos. O Galo está em nono lugar, sem conseguir alcançar o G-6, que é o grupo que garante vaga na Copa Libertadores do ano que vem. O Palmeiras é quarto colocado, mas poderia ser o terceiro, se vencesse e o Santos pelo menos empatasse com o Corinthians, neste domingo (10), na Vila Belmiro.

Pior do que isso, o time do técnico Cuca corre ainda o risco de perder sua posição para o Flamengo, caso o rubro-negro vença o clássico carioca diante do Botafogo, neste domingo, às 19h, no Engenhão, no Rio de Janeiro.

A história incrível do jogo deste sábado começou a ser escrita aos 27 minutos do primeiro tempo, quando o Atlético teve o primeiro pênalti a seu favor, mas Fred teve a sua cobrança defendida por Fernando Prass, no canto direito.

O camisa 9 vive seu maior jejum desde que chegou ao Atlético, pois completou a sétima partida sem balançar a rede adversária. Pior que o pênalti perdido por Fred, foi o gol marcado por Deyverson, logo em seguida, aos 33 minutos, após bela jogada de Willian.

Ainda no primeiro tempo, o Atlético teria não só mais um pênalti a seu favor, que foi convertido por Fábio Santos, como passou a jogar com um homem a mais, pois o zagueiro Luan, que segurou Leonardo Silva e já tinha o cartão amarelo, foi expulso.

Na etapa final, logo aos 10 minutos, Deyverson teve a chance de marcar o segundo gol na partida, pois Leonardo Silva colocou a mão na bola dentro da área e o árbitro marcou pênalti. Mas o centroavante palmeirense rebolou demais na cobrança e isso, diante de Victor, é fatal. Com categoria, o goleiro atleticano defendeu seu quarto pênalti neste Campeonato Brasileiro.

Em seguida, Rogério Micale inaugurou a substituição dupla para valer por uma. Primeiro sacou Adílson para a entrada de Robinho. Seu time piorou, o Palmeiras, apesar de jogar com um a menos, melhorou, e ele teve de substituir Cazares por Yago, para recompor a marcação do seu time no meio.

Aos 33 minutos, Willian agrediu Valdívia numa disputa de bola e foi expulso. O Atlético jogou até os 50 do segundo tempo com dois a mais em campo, mas sem conseguir furar o bloqueio defensivo do Palmeiras, que, por incrível que pareça, ainda teve uma boa chance para desempatar.

No final da partida, o descontentamento da torcida atleticana com Rogério Micale foi grande. E não há como negar. Ele deu motivos para isso.
O Atlético volta a jogar apenas no próximo domingo (17), quando encara o desesperado Avaí, que luta contra o rebaixamento, às 11h, na Ressacada, em Florianópolis. O Palmeiras encerra a 24ª rodada recebendo o Coritiba, na segunda-feira (18), às 20h, no Allianz Parque, em São Paulo.

A FICHA DO JOGO

ATLÉTICO 1
Victor; Alex Silva, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Adílson (Robinho) e Elias; Luan (Otero), Cazares (Yago) e Valdívia; Fred. Técnico: Rogério Micale

PALMEIRAS 1
Fernando Prass; Mayke, Luan, Edu Dracena e Egídio; Tchê Tchê, Jean (Thiago Santos), Moisés e Guerra (Juninho); Willian e Deyverson (Dudu). Técnico: Cuca

DATA: 9 de setembro de 2017
LOCAL: Estádio Independência (Belo Horizonte)
MOTIVO: 23ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro
GOLS: Deyverson, aos 33, e Fábio Santos, aos 43 minutos do primeiro tempo 
ARBITRAGEM: Leandro Vuaden, auxiliado por José Eduardo Calza e Maurício Coelho Silva Penna, todos do Rio Grande do Sul
CARTÕES VERMELHOS: Luan e Willian (Palmeiras)
CARTÕES AMARELOS: Fred e Leonardo Silva (Atlético); Luan, Tchê Tchê e Fernando Prass (Palmeiras)
PÚBLICO: 15.672
RENDA: R$ 432.613,00

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