Emocionado, Tony vai às lágrimas ao falar sobre amigos da Chapecoense

Da Redação
esportes@hojeemdia.com.br
04/12/2016 às 13:58.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:56

O velório das vítimas do acidente aéreo envolvendo a delegação da Chapecoense, neste sábado (3), emocionou o país inteiro. No América, o clima de tristeza tomou conta dos jogadores, muitos deles amigos de pessoas que estavam no voo que não chegou ao destino final na última terça-feira (29).

O meia Tony, um dos jogadores mais experientes do grupo, não escondeu seu abatimento e não conteve as lágrimas em sua última entrevista. O "Talibã" foi companheiro de time de vários envolvidos da tragédia, e também se relacionava com profissionais da imprensa vítimas do acidente, como o ex-jogador Mário Sérgio, que foi seu treinador no Ceará.

“Têm sido dias difíceis para todos nós do grupo. Tínhamos amigos lá e, além de amigos, companheiros de trabalho. Pessoal da imprensa, pessoas importantes como o Mário Sérgio, que hoje estava do lado da imprensa, mas já foi meu treinador. A gente tenta falar com alguns familiares de lá, algumas pessoas que a gente era próximo. Então, realmente, não têm sido fácil esses últimos dias para todos nós", comentou o jogador.

Tony destaca que a coisa mais importante a se fazer no momento é prezar pelo amparo aos familiares dos vitimados no acidente. O meia afirma que antes de pensar em disputa de campeonatos ou de ajudas no âmbito esportivo, todas as instituições devem se mobilizar em prol das famílias que hoje sofrem a perda de seus entes queridos.

“Temos que tentar ajudar os familiares que ficaram, os filhos, as mães, as esposas. Fazer o que a gente puder pelas famílias. A CBF, as federações, os sindicatos. Sinceramente, acho difícil a gente pensar em ajudar quem quer que seja se não os familiares. Ou pensar no campeonato, na televisão e em interessados que não sejam os familiares, acho difícil. Acho que não tem como pensar em outras coisas que não sejam ajudar os familiares”, acrescentou.

Casado e pai de duas filhas gêmeas, Tony revelou que não consegue ver mais clima para disputar alguma coisa neste momento. Mesmo ressaltando que irá cumprir o que for determinado pela CBF na última rodada do Brasileiro, o meia entende que não há mais sentido entrar em campo. Emocionado, o jogador foi às lágrimas ao pensar em suas duas filhas e nos filhos das vítimas da tragédia.

“Acho que não tem mais como competir, você entrar em campo hoje e competir sabendo do que aconteceu. No dia da tragédia, quando a gente veio para o Clube e aconteceu de não ter o treino, fui para casa e quando eu abri a porta minhas filhas estavam lá. Então, saber que os filhos dos nossos amigos não vão ter essa chegada dos pais, é difícil”, lamentou o atleta.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por