Fundado há 70 anos, em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, o Boa Esporte só se profissionalizou em 1998, quando ascendeu da Segunda Divisão ao Módulo II do Estadual. De lá para cá, a Coruja trilhou caminho de “bate e volta” e, atualmente, luta para se firmar nas principais divisões do futebol brasileiro.
Apesar de figurar entre os 40 principais times do país, o Boa está fora da elite em Minas. Rebaixada no ano passado, a equipe – desde 2011 com sede em Varginha – tenta se acertar em campo para retornar à Primeira Divisão do Estadual.
Na expectativa de fazer boa campanha na Série B do Brasileirão, com estreia prevista para 12 ou 13 de maio, contra o Vila Nova-GO, a equipe mineira já se movimenta nos bastidores em busca de reforços.
Destaque na mídia durante as duas últimas semanas, principalmente pela perda de todos os patrocínios após a contratação do goleiro Bruno Fernandes, a Coruja conta com R$ 5 milhões da cota de TV referente à Série B para tentar manter as contas em dia.
Sobe e desce
Fundado com o nome de Boa Vontade Esporte Clube, na década de 1940, e filiado à Federação Mineira como Ituiutaba, no final dos anos 90, a Coruja passou a se chamar Boa Esporte quando mudou de casa, em 2011, indo para Varginha, no Sul de Minas.
E foi justamente neste período que o atual campeão da Série C ganhou força, mesmo com as constantes mudanças de divisão.
No primeiro ano na cidade, além de retornar à elite mineira, o Boa conquistou a sétima colocação na Série B do Brasileirão. Até então, a melhor temporada da história do clube.
Gerido pelos irmãos Rone, Rildo e Roberto Moraes, o clube fez um 2013 promissor, mas decepcionou na reta final. Brigando entre os quatro primeiros da Segunda Divisão durante a maior parte da competição nacional, o time despencou e ficou no 11º lugar.
No ano seguinte, após grande campanha, a Coruja perdeu novamente a chance de chegar pela primeira vez à elite nacional. A derrota para o Icasa-AL, por 2 a 1, na última rodada, pôs fim ao sonho.
Aquela partida, inclusive, até hoje é motivo de discussão na cidade. Para muitos, o Boa entregou o jogo por medo de ser o “saco de pancadas” da Série A.
Em 2015, quando podia estar na elite, o time fez uma péssima campanha e caiu para a Série C. No ano passado, o título da Terceirona veio para amenizar o rebaixamento no Mineiro