Equipe do 4x100m medley é ouro e Thiago Pereira se torna o maior medalhista da história do Pan

Estadão Conteúdo
18/07/2015 às 23:27.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:58
 (Divulgação)

(Divulgação)

Neste sábado (18), último dia de provas da natação nos Jogos Pan-americanos Toronto 2015, o brasileiro Thiago Pereira escreveu seu nome no ponto mais alto da história da competição. Depois de conquistar a medalha de prata nos 200m medley, Pereira viu a equipe masculina do revezamento 4x100m medley conquistar a medalha de ouro e chegou à impressionante marca de 23 medalhas pan-americanas. Thiago não nadou a final do 4x100m medley, mas recebe a medalha por ter participado da eliminatória pela manhã. Com esse resultado, o brasileiro deixa para trás o cubano Eric Lopez, dono de 22 medalhas em Jogos Pan-americanos, e se torna o maior "colecionador" de medalhas da história do Pan.

A expressão "fechou com chave de ouro" pode ser clichê, mas reflete exatamente o que foram, para o Brasil, as últimas provas de natação dos Jogos Pan-Americanos. O ouro no revezamento 4x100m medley veio com uma marca que faria da equipe brasileira a quinta colocada na última Olimpíada. O time foi formado por Guilherme Guido, Felipe França, Arthur Mendes Filho e Marcelo Chierighini. No feminino, as brasileiras ficaram com o bronze, mesma cor da medalha conquistada por Brandonn Pierry nos 1.500m livre.

O revezamento masculino completou a prova em 3min32s68, novo recorde da competição. E ainda há uma margem de melhora, porque o Brasil estava desfalcado de Cesar Cielo (que não foi a Toronto) e Thiago Pereira. Cansado, o 'Mister Pan' nadou apenas as eliminatórias, no nado costa, e não participou da final. Ele, entretanto, é o virtual titular desse revezamento e também sobe ao pódio.

No nado costa, Guido parece soberano. Ele abriu a prova em 53s12, novo recorde sul-americano e quarta melhor marca da temporada. Baixou em 0s12 o antigo recorde, que datava de 2009, quando os trajes tecnológicos ainda eram permitidos. Na prova individual de 100m costas, entretanto, o brasileiro ganhou apenas a prata.

Outros grandes resultados vieram nas provas individuais. Nos 200m medley masculino, dobradinha nacional. Henrique Martins (ouro) e Thiago Pereira (prata) mostraram um nível altíssimo no Centro Aquático de Toronto. Com 1min57s06, Henrique assumiu o terceiro lugar do ranking mundial - deixou para trás a lenda norte-americana Ryan Lochte. Thiago, com 1min57s42, agora é o quinto melhor da temporada. Eles também ficam atrás dos japoneses Kosuke Hagino e Dalya Seto.

Já o garoto Brandonn Pierry obteve uma surpreendente medalha de bronze nos 1.500m livre, prova mais fraca da natação masculina do País. O adolescente de 18 anos foi crescendo nos últimos 400 metros. Do sexto lugar, foi ganhando posição por posição até chegar ao terceiro lugar, com bronze.

Campeão dos 400m medley depois da eliminação de Thiago Pereira, o corintiano completou os 1.500m com 15min11s70, atrás apenas do norte-americano Andrew Gemmell (15min09s92) e do canadense Ryan Cochrane (15min06s40). Além do bronze, Brandonn comemorou o novo recorde brasileiro, melhorando a marca que ele mesmo havia feito no Troféu Maria Lenk, em abril, no Rio.

MULHERES

A única medalha da natação feminina do Brasil neste sábado veio no revezamento 4x100m medley. Depois de oito recordes sul-americanos durante os últimos dias, as brasileiras cansaram. Mesmo assim, garantiram o bronze na prova, com o tempo de 4min02s52, seis segundos atrás do time norte-americano que ganhou o ouro. O Canadá ficou com a prata.

Na última prova feminina do Pan, aliás, os EUA mostraram quão forte é a equipe que competiu em Toronto. As americanas venceram com 3min56s53, que as deixariam em quarto no último Campeonato Mundial. Natalie Coughlin abriu o revezamento com 59s05 no nado de costas, terceira melhor marca do mundo.

Nos 200m medley, Joanna Maranhão não conseguiu repetir o bronze conquistado em Guadalajara. Afinal, encontrou uma prova fortíssima, vencida pela norte-americana Caitlin Leverenz, com 2min10s51, quinto melhor tempo do mundo. Também as demais medalhistas - a americana Meghan Small e a canadense Sydney Pickrem - fizeram marcas que as colocam entre as sete melhores da temporada.

A brasileira completou a prova em 2min12s39, equivalente ao 23.º lugar do ranking mundial, melhor marca dela desde a proibição dos trajes tecnológicos, em 2009. Já Gabi Roncatto, de apenas 16 anos, fez sua primeira final em Jogos Pan-Americanos. Completou a prova em 2min17s02, melhor marca pessoal.

Outra novata, Carolina Bilich, de 20 anos, participou da série forte dos 800 metros livre e terminou apenas no sétimo lugar, com 8min47s94. Considerando também os resultados da série fraca, pela manhã (nas quais competiram as atletas com piores tempos de balizamento), a melhor brasileira foi a jovem Bruna Primatti. Em sua primeira atuação em Jogos Pan-Americanos, a menina de 18 anos foi sétima colocada: 8min40s75. Carol terminou no décimo lugar geral.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por