'Escaldado' por 2014, volante Fernandinho recomenda atenção redobrada na Copa

Estadão Conteúdo
24/05/2018 às 07:46.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:14
 (Alexandre Loureiro/VIPCOMM)

(Alexandre Loureiro/VIPCOMM)

Um dos seis convocados para a Copa do Mundo que há quatro anos estava na seleção brasileira que sofreu o 7 a 1 da Alemanha, o volante Fernandinho deu a volta por cima e é hoje um "quase titular" do time que irá à Rússia. O jogador foi chamado pelo técnico Tite pela primeira vez em sua segunda convocação e começou como opção para a vaga de Casemiro. Sua eficiência e regularidade cativaram o treinador.

Agora, o volante do Manchester City é cotado para dividir o setor de meio de campo com o jogador do Real Madrid, desbancando Renato Augusto. "Acho que quem ganha (com essas opções) é o treinador e a seleção brasileira", declarou ao Estado. Confira os principais pontos da entrevista.

Você é um dos remanescentes da seleção que ficou marcada pelos 7 a 1, mas deu a volta por cima e virou quase um 12.º jogador do Tite. Como foram esses últimos quatro anos?
Foi um período bom, de muito aprendizado, muita melhora técnica, tática, física e psicológica. Hoje tenho colhido alguns bons frutos, principalmente no meu clube, com títulos e boas atuações.

Você disputa vaga com Casemiro ou pode jogar junto com ele?
Nos clubes, nós jogamos praticamente na mesma posição. Quando ele ficou fora na seleção, acabei atuando nas Eliminatórias. Nos amistosos recentes, algumas vezes jogamos juntos. Acho que quem ganha com isso é o treinador e a seleção. Você tem dois atletas que podem fazer a mesma função, ou então fazer uma função diferente em determinado jogo. Em uma Copa do Mundo isso é válido porque o treinador pode arriscar, fazer um esquema tático ou alguma coisa diferente.

Como avalia os rivais do grupo do Brasil na Copa?
É um grupo difícil e se você não tiver atenção redobrada pode ser surpreendido. Suíça e Costa Rica são seleções que participaram do último Mundial, sendo que a Costa Rica foi às quartas de final e acabou eliminada somente nos pênaltis. A Sérvia, no contexto geral, tem jogadores muito bons.

O Brasil é favorito para ficar com o título na Rússia?
Pelo histórico em Copas do Mundo, acredito que sim. Todas as vezes que o Brasil entra numa competição, ele é um dos favoritos. E desta vez não vai ser diferente. Mas é claro que a gente sabe que futebol se resolve dentro de campo.

Uma Copa do Mundo exige um período de quase dois meses de convivência com colegas de equipe e menos contato com a família. Como é encarar isso?
Hoje eu encaro com naturalidade. Sei que é uma competição importante, principalmente para nós, brasileiros. Poder estar vivendo este momento hoje é muito especial para mim. É um sacrifício que você precisa fazer para conquistar aquilo que deseja. Ficar longe da família, dos seus filhos, não é fácil, mas você tem o desejo de conquistar o título e tem de passar por isso.
 

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