Esporte em Pauta: Árbitros definem a 30ª rodada

Vinícius Las Casas - Do Portal HD
15/10/2012 às 10:03.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:13
 (Márcio Mercante/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)

(Márcio Mercante/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)

Erros, erros e mais erros. Atleticanos, cruzeirenses, flamenguistas, torcedores do Sport e ponte-pretanos passaram o final de semana lamentando as falhas da arbitragem. Mas, para não ficar um texto extenso demais, vamos focar em apenas uma regra. A infame "tocar a bola com a mão deliberadamente", fato que atrapalhou três partidas no final de semana. Fluminense teve um pênalti marcado por uma bola na mão (ou mão na bola, tanto faz), o Sport teve um não marcado pela mesma regra e o Cruzeiro viu o Flamengo anotar um tento por causa da mão salvadora de Vágner Love.

A questão é que, como bem salienta Wallace Graciano, um dos jornalistas que cobre esporte aqui no Portal Hoje em Dia, "Enquanto continuar com essa ideia de que bola na mão é interpretativo, não teremos um veredicto preciso durante as partidas. Um esporte de bilhões não pode ficar dependendo do critério dos juízes em lances subjetivos. Isso só gera mil e uma teorias da conspiração".

É muito difícil (para não falar impossível) julgar em segundos a intenção de um jogador dentro do campo, e toda esta responsabilidade nas costas de apenas uma pessoa. Somente no futebol, dentre os esportes que conheço, é uma modalidade que opta por este tipo de regra.

Uma mudança de pensamento e modernização do futebol não fariam nenhum mal. Pelo contrário! Contudo, cada alteração na regra é de uma morosidade que impressiona.

Galo na base da raça

 

O Atlético não fez uma boa partida no domingo contra o Sport. Cedeu muito espaço ao rival e viu Giovanni realizar algumas defesas impressionantes para manter o time na partida. Os gols no final foram resultados muito mais da pressão da torcida e da dedicação alvinegra que qualquer superioridade técnica ou tática.

Além disso, o egoísmo dos jogadores pernambucanos também foi um aliado do Atlético. Muitas vezes, o drible ou o chute eram priorizados em detrimento de um passe para um companheiro melhor colocado. Contudo, o Galo precisa reencontrar aquele futebol do primeiro turno se ainda sonha em levantar o troféu ao final do ano, até porque enfrenta uma decisão contra o Fluminense no próximo final de semana.

Cruzeiro pode pensar em 2013

 

 

Não ganhou, mas atuou bem e viu a zona da degola ser um pesadelo bem distante. A Raposa deve já se planejar para o próximo ano, evitando que a inconstância desta temporada perdure - além de reformulações do time no meio do ano.

O Cruzeiro parece ter encontrado a válvula de escape de Montillo e ela se chama Martinuccio. Com o velocista em campo, as defesas adversárias não limitam a sua atenção ao camisa 10 cruzeirense, dando espaço para ambos pensarem e atuarem com destaque.

Agora, o pensamento tem que ser em reforçar a defesa e encontrar mais um nome para o meio de campo da equipe, jogando aberto pelo lado direito. Ou então, se Alex for contratado, deslocar Montillo para esse setor.

América busca explicação dos erros

O sonho americano no centenário era retornar à Série A. Não conseguiu. Agora, o clube tenta olhar no passado e identificar os erros no Brasileirão da Série B. Para mim, faltou ao time planejar melhor o ano. Contratar atletas no meio do campeonato, como ocorreu em série em 2012 (Marquinhos Paraná, Ewerthon, Pimpão, Geovani, Dirceu...), não adianta. Este tipo de contratação tem que ser pontual, não para buscar a resolução de todos os problemas.

De resto, o Coelho poderia pensar em aproveitar melhor os nomes que surgem na base da equipe. Afinal, não foi somente na sorte que eles ganharam o Brasileirão sub-20 em 2011.

Rapidinhas (todas sobre a seleção):

*Vitória sobre o Iraque por 6 a 0. O Brasil, aparantemente, aprendeu a jogar contra seleções fracas e não sofre com esses adversários.

*Kaká voltou ao time com sangue nos olhos, mas a atuação foi contra um time inexpressivo. É melhor evitar a animação antes de um jogo contra uma grande seleção.

*Vi muitos comentaristas cravando que o Brasil encontrou o time ideal para 2014, ressaltando o setor ofensivo com Kaká, Oscar, Hulk e Neymar como centroavante. É complicado jogar sem um centroavante de ofício e com atacantes mais leves. Novamente, tem que esperar a seleção enfrentar uma equipe de maior potencial.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por