Esporte em Pauta: Galo e a adaptação ao Independência; mudanças na Toca

Vinícius Las Casas - Do Hoje em Dia
13/09/2012 às 11:10.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:15
 (Bruno Cantini/Hoje em Dia)

(Bruno Cantini/Hoje em Dia)

No Esporte em Pauta desta quinta-feira a análise será sobre a rodada do meio de semana do Campeonato Brasileiro. O Atlético não vacila no Independência e transformou a arena no pesadelo dos rivais. A Raposa, entretanto, segue a incomôda rotina de derrotas e carece de mudanças para voltar a triunfar no torneio. Vamos falar também do Coelho, que junta os cacos após derrota vexatória para o São Caetano. Nas rapidinhas, sobra espaço até para avaliar os amistosos rídiculos da Seleção Brasileira. Acompanhe!

Independência e morte (dos rivais!)

Impressionante como Atlético se adaptou ao Independência. Cada detalhe da arena é aproveitado pelo grupo de Cuca, na intenção de maximizar a força atleticana. A pressão da torcida é, de cara, o que impressiona os rivais. Os shows com os fogos de artíficio no início dos duelos incendeia ainda mais os torcedores.

Mas o mais importante é a disposição tática do Galo no local. Todos os setores agrupados, a marcação por pressão, quando um adversário tem a posse de bola não tem tempo sequer para pensar e a velocidade para sair nos contra-ataques...

Cuca, desde o início do ano, trabalha um esquema de marcação muito coeso, sem abrir espaços em qualquer setor do campo, forçando os chutões e erros de passes do rival. É uma defesa forte, mas sem o time ser retranqueiro! Ponto para Cuca neste aspecto e palmas para o esquema tático 4-2-3-1, que preenche quase todos os "buracos" do campo, seja no ataque ou defesa.

O legal disso tudo é perceber que essa formação atleticana não surgiu de uma hora para outra. Ela foi pensada com antecedência, trabalhada durante treinos e jogos e foram buscados atletas para se encaixarem neste esquema. Graças a perseverança de Cuca e a confiança da direção no trabalho dele ela pode ser transformada em um caso de sucesso no futebol brasileiro.

Hora de mudanças na Toca

 

 

 

Conforme postado no último Esporte em pauta, ainda acho precoce pensar em uma troca de comando técnico. Quando refiro a mudanças penso que seja hora da estratégia ser modificada. o rodízio de peças apenas não tem dado resultado no Cruzeiro. O time amargou a terceira derrota consecutiva diante do Figueirense e acho que Celso Roth tem que pensar em modificações na estruturação do time.

Por exemplo, a formação extremamente defensiva não tem funcionado, pois, para tal, a Raposa precisa de velocistas para puxar contragolpes; Wallyson não tem sido este homem e Montillo não demonstra a agilidade de quando chegou ao clube.

Considero que, analisando os titulares recentes, talvez seja o momento do Cruzeiro pensar na retenção da posse de bola e na paciência para vencer os rivais. Souza, Montillo, Tinga, Charles, todos atletas que têm um bom passe e podem contribuir para que isso funcione, sem precisar inclusive mexer na disposição tática.

Já que a situação está feia pelo lado cruzeirense, não custa nada Celso Roth arriscar!

Ahhh, Coelhão! O que acontece com você?

 

 

 

Quando todos esperavam uma derrota, o América foi a Santa Catarina e goleou o vice-líder da Série B com impiedosos 4 a 0. O passeio no Sul do país trouxe confiança e o Coelho já falava em retornar ao G4 e acesso. O que aconteceu? Goleada novamente, mas desta vez contrária aos americanos: 5 a 0 para o São Caetano, em pleno Independência.

 

Assim fica difícil fazer qualquer análise do América. O time apresenta uma variação de comportamento ao longo do campeonato que qualquer verdade dura apenas 24 horas (ou uma rodada). Mas vamos tentar elucidar um ponto que julgo fundamental. A armação do time carece de criatividade. O Coelho tem muita dificuldade para chegar ao ataque com condição de finalizar. Falta velocidade, falta um jogador com passe diferenciado... A bola não chega redonda.

A esperança de solução? Rodriguinho! O atleta deve voltar contra o Avaí, resta saber se ele vai suportar o ritmo de jogo depois de quase 2 meses parado.

Rapidinhas:

Seleção 1 - exibição deprimente contra a África do Sul. Vaias merecidas e sinal alerta ligado após sofrer para vencer uma equipe que sofreria para permanecer na primeira divisão do Brasileirão.

Seleção 2 - 8 a 0 contra China e a seleção sequer conseguiu empolgar o público brasileiro. As manchetes nos jornais do dia seguinte, repercutindo pouco placar expressivo demonstram a insegurança quanto ao time de Mano Menezes.

Seleção 3 - Interessante a convocação da seleção para jogo contra a Argentina, sobretudo com a atenção voltada para Minas Gerais. Mas Fred ficar fora do grupo? Acho que nunca ninguém vai entender os critérios do Mano.
 

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