'Estrangeiros' x pratas da casa: marca dos duelos por vaga na final da Copa do Brasil

Rodrigo Gini
rgini@hojeemdia.com.br
24/10/2016 às 21:14.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:22
 (Bruno Cantini/Atlético - Washington Alves/Light Press)

(Bruno Cantini/Atlético - Washington Alves/Light Press)

O duelo entre mineiros e gaúchos pelas vagas na decisão da Copa do Brasil não é apenas um confronto de estados – pão de queijo e feijão tropeiro contra churrasco e chimarrão. Será também, ao menos nas partidas de ida, o tira-teima entre duas filosofias diferentes de trabalho.

Se Atlético e Cruzeiro apostam em grupos reforçados por jogadores experientes, formados em outros clubes, Internacional e Grêmio mandarão a campo escalações dominadas por pratas da casa. O tricolor por escolha tática do técnico Renato Gaúcho, que vê na competição eliminatória o objetivo prioritário neste fim de temporada. E o colorado pelo motivo oposto – mais preocupado em assegurar a permanência na Série A, Celso Roth deve optar por um time mesclado.

Coincidentemente, embora ambos tenham tradição de revelar jogadores e brigar por títulos nas categorias de base, Galo e Raposa só contam entre os titulares com um atleta formado no próprio clube e alçado diretamente das categorias de base, ambos devido às contusões dos respectivos capitães.

A lesão no joelho direito de Fábio abriu caminho para a efetivação de Rafael no gol celeste (o reserva não entrou imediatamente porque também se recuperava de um problema físico). E que Mano Menezes não precisaria se preocupar com a reposição tem ficado claro a cada rodada da Copa do Brasil e do Brasileirão – no segundo, o mineiro de Coronel Fabriciano está há 452 minutos sem levar gols.

No banco, Mano tem atualmente quatro opções vindas da própria Toca da Raposa: o volante Bruno Ramires, que teve nova chance diante do Vitória; o zagueiro Fabrício Bruno; o lateral-direito Mayke e o atacante Alysson (o armador Alex tem sido pouco aproveitado). E o titular da lateral-esquerda Edimar começou na equipe estrelada, mas precisou rodar o mundo – atuou na Romênia, Itália, Portugal, Grécia e Espanha – para ganhar espaço.

Xodó

No alvinegro, a exceção à regra é o zagueiro Gabriel, que ganhou chance de Marcelo Oliveira com a contusão de Erazo e as convocações do equatoriano para sua seleção e caiu nas graças da torcida, que o elegeu como primeiro substituto, superando os mais experientes Edcarlos e Ronaldo.

Com o problema na coxa de Leonardo Silva, que só volta aos gramados em 2017, ele acabou efetivado a partir da vitória de domingo, sobre o Figueirense, e ainda terá pela frente nova prova de fogo, já que, entre os dias 10 e 15, Erazo deverá novamente servir à equipe nacional nas partidas contra Uruguai e Venezuela, pelas Eliminatórias Sul-Americanas.

Como vários jogadores revelados na Cidade do Galo foram negociados no início do ano e o lateral-direito Marcos Rocha está contundido, Marcelo também não dispõe de muitas opções vindas da base em seu grupo. O goleiro Uilson foi campeão olímpico com a Seleção Brasileira, mas é o segundo reserva, atrás de Giovanni. Leonan teve a primeira chance na lateral esquerda diante do Figueirense e o armador Lucas Cândido tem sido o mais aproveitado.

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