Ela não conseguiu, nos Jogos Olímpicos do Rio, os resultados esperados, mas, exatamente um ano depois, fez história para a natação brasileira. A pernambucana Etiene Medeiros se tornou a primeira brasileira campeã mundial no feminino, ao vencer a prova dos 50m costas na Arena Danúbio, em Budapeste (Hungria). A nadadora do Recife havia mostrado sua força já nas semifinais, qualificando-se com a melhor entre as oito marcas das atletas que seguiriam na luta pela medalha e, por um centésimo de segundo (27s14 a 27s15), superou a principal rival, a chinesa Yuanhui Fu. A medalha de bronze ficou com a bielorrussa Aliaksandra Herasimenia (27s23). Uma das grandes forças da prova, a australiana Emily Seebohm, ex-recordista mundial, ficou apenas em quarto.

Prata há quatro anos em Kazan (Rússia), Etiene disse ter lidado de forma tranquila com o momento decisivo, até mesmo por conta da experiência. "Estou mais madura. Mesmo não nadando outras provas antes eu consegui nadar bem. Sinto que estou mesmo mais madura, aprendendo a transformar o que não foi bom em aprendizado. Vou cair mesmo na real quando voltar ao Brasil, encontrar os amigos que acordaram cedo para me ver competir. Meus pais e meu irmão não estão aqui, sinto falta disso, e eles também fazer parte disso, estão na agua comigo. Pela primeira vez eu balizei na raia quatro em um Mundial (sinônimo de melhor tempo nas semis) e sempre tem aquela tensão, mas querendo ou não conta a minha experiência. A chinesa virou para trás e me desejou boa prova. Ela nunca fez isso. Quando eu entrei o pessoal que autoriza a nossa entrada brincou com isso e eu ri. Isso até ajudou a entrar  mais relaxada. Na prova de 50m tudo pode acontecer. E foi o primeiro ouro em piscina longa", destacou. 

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