EUA derrotam Espanha por placar apertado e vão à final no basquete masculino

Estadão Conteúdo
19/08/2016 às 17:42.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:27
 (AFP PHOTO / Mark RALSTON)

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O poderio individual dos norte-americanos prevaleceu sobre a valentia espanhola na tarde desta sexta-feira. Por isso, pela terceira vez seguida a seleção masculina de basquete dos Estados Unidos está na final olímpica e, assim como faz desde 2008, foi algoz da Espanha. Os astros da NBA bateram a equipe europeia por 82 a 76 na Arena Carioca 1 e no domingo disputam a decisão contra o vencedor de Sérvia x Austrália, duas seleções que venceu na fase de grupos.

Mais uma vez os Estados Unidos sofreram mais do que brilharam. A equipe está na final pela disputa do ouro, como já era previsto, sem fazer uma campanha avassaladora. Pela quarta vez em sete jogos, a vantagem foi inferior a dez pontos. Pelo menos Klay Thompson voltou a ser decisivo. O jogador do Golden State Warriors foi o cestinha da equipe, ao anotar 22 pontos. Mas quem fez pontos no jogo foi Pau Gasol, com 23.

A reedição das duas últimas finais olímpicas era a chance ideal para a melhor geração espanhola da história conseguir se despedir no ápice. Veteranos como Gasol, Navarro e Reyes, todos com 36 anos, conduziram a equipe ao título mundial, em 2006, e após duas medalhas de prata em finais perdidas para os Estados Unidos, encaravam a semifinal como um dos últimos obstáculos rumo à conquista inédita que escapou tanto em Pequim-2008 como em Londres-2012.

O aguardado jogo reuniu os favoritos americanos, donos de uma campanha ao melhor estilo do clichê "vencer sem convencer" e com placares apertados, contra os espanhóis, em franca evolução no torneio. Após perder para o Brasil, a equipe europeia cresceu e ganhou os três jogos anteriores com boa folga e vantagem acima de 20 pontos.

Sem temer os americanos e com vontade de revanche, a Espanha fez um jogo muito equilibrado. Gasol estava em tarde de muita pontaria, assim como Klay Thompson e Kevin Durant. A diferença a favor dos Estados Unidos era o aproveitamento superior nos arremessos de três pontos (quase 50% no primeiro tempo), suficiente para ajudar a equipe a ir para o intervalo com a vantagem de 45 a 39, apesar de ter feito menos pontos no segundo quarto.

Ao contrário de jogos anteriores, como na fase de grupos, os Estados Unidos não podiam se dar ao luxo de somente administrar a vantagem. No mata-mata é mais arriscado. A Espanha conseguiu fazer um terceiro quarto bem equilibrado, capaz de ficar somente nove pontos atrás para o trecho final da partida. Os dois times cometeram muitas faltas e transformaram a partida em um encontro nervoso.

Nesse contexto de tensão, o sangue frio dos americanos contribuiu para decidir. A equipe soube melhor como gastar o tempo no ataque e pegar rebotes ofensivos, principalmente com DeAndre Jordan, responsável por recuperar 16 bolas. Ao fim do jogo, os já classificados americanos demonstraram pouca efusividade ao comemorar a vaga à final, como se já esperassem há bastante tempo estarem a apenas um passo do 15º ouro olímpico.

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