Ex-Cruzeiro e 'Chape', Gilmar Francisco lamenta tragédia com clube que defendeu nos anos 90

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
02/12/2016 às 15:58.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:55

O trágico acidente envolvendo o avião que transportava a delegação da Chapecoense, jornalistas e convidados do clube à Colômbia, onde seria disputado o primeiro jogo final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, comoveu todo o mundo. De Norte a Sul do Brasil várias homenagens foram prestadas aos familiares das vítimas e à equipe catarinense. Em Belo Horizonte, um ex-jogador do Cruzeiro, atualmente observador técnico das categorias de base da Raposa, tem um motivo especial para mandar uma palavra de consolo à “Chape”: o ex-zagueiro Gilmar Francisco, que passou pelo time de Santa Catarina em meados da década de 1990.

Ao encerrar seu contrato com a Portuguesa-SP no fim de 1994, Gilmar Francisco, que conversou com o Hoje em Dia, acertou com a Chapecoense e disputou o Campeonato Catarinense de 95, ano em que acabou com o vice-campeonato local. O título daquele ano terminou com o Criciúma. 

“Depois de encerrar o meu contrato em São Paulo, recebi proposta para jogar na Chapecoense. O presidente à época, Nilo (Traesel) me convenceu a atuar pelo clube, que estava contratando jogadores experientes e tinha garotos muito promissores, como um atleta que veio a despontar no futuro, Paulo Rink”, disse o jogador, que não conseguiu disfarçar sua tristeza pelo acidente com o avião da LaMia.

“É muito triste acompanhar isso tudo. Quando você tem o passado ligado a algum lugar, sempre fica um pedaço de você lá. Momento de muita tristeza. Fiz muitas amizades em Chapecó, a cidade é muito boa e o povo extremamente acolhedor”, comentou.

Após vários elogios ao clube de Chapecó, Gilmar Francisco torce e acredita no ressurgimento da equipe no cenário nacional.

"É claro que a estrutura do clube na minha época era uma, e hoje é outra. Mas administrativamente falando a Chapecoense era muito organizada. Não atrasavam salários, tratavam muito bem os jogadores. São exemplo de gestão há muito tempo. Acredito que o clube tem tudo para voltar a encantar o país dentro de campo", analisou. 

A tragédia envolvendo o avião da Chapecoense matou 71 pessoas, dentre essas jogadores, jornalistas, dirigentes do clube e da Federação Catarinense de Futebol, e tripulantes da aeronave.

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