Ex-zagueiro de Tupi e América vira vigilante patrimonial e surpreende torcedores no Mineirão

Henrique André
hcarmo@hojeemdia.com.br
27/03/2018 às 14:19.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:03
 (Tupi/Divulgação; Hoje em Dia)

(Tupi/Divulgação; Hoje em Dia)

Já imaginou viajar mais de 270 quilômetros para acompanhar de perto o seu time de coração e, ao chegar ao estádio, se deparar com um grande ídolo exercendo a função de vigilante patrimonial? Esta foi a  reação de alguns torcedores do Tupi, no último domingo (25), ao subirem as escadas externas do Mineirão e toparem de frente com o ex-zagueiro Fabrício Soares, que pendurou as chuteiras em 2016.

Defensor do Carijó por longos sete anos, Soares experimentou sensação diferente nas semifinais do Campeonato Mineiro. Acostumado com a adrenalina de pisar em campo e defender a camisa do time de Juiz de Fora, desta vez ele não pôde nem mesmo ultrapassar as catracas do Gigante da Pampulha.

"Foi uma sensação diferente. Estar ali bem pertinho do palco maior, onde joguei várias vezes, e ver a minha última equipe entrar em campo, me deu aquela sensação de que poderia  ter jogado mais um pouco (risos)", comenta o ex-jogador, que ainda pensa em voltar ao mundo da bola como técnico.

"Fiquei muito feliz com o reconhecimento dos torcedores que me viram ao chegar e me chamaram de mito. O futebol nos dá essas coisas, que vão muito além do dinheiro", completa Soares. Ele ingressou na vigilância por indicação de um amigo e se diz feliz na nova profissão.

Carreira

Natural de Salto da Divisa, no Vale do Jequitinhonha, Fabrício começou a carreira de jogador no Villa Nova.  Figura conhecida no futebol mineiro, também defendeu o América ( de 2006 a 2009), outro semifinalista desta edição do Estadual.

Pelo Tupi, o hoje guarda foi peça fundamental em duas grandes campanhas da equipe da Zona da Mata: a primeira delas foi no acesso à Série C do Campeonato Brasileiro, em 2013, e a outra quando levou o time à Série B, em 2015.

Quando deixou o alvinegro de Juiz de Fora, há quase dois anos, o "Chefe" foi bastante elogiado pelo técnico Leston Jr., que o definiu como "o melhor zagueiro que tive o prazer de trabalhar".

"Foi uma carreira maravilhosa. Consegui conquistar o sonho de ser profissional. Parar com 38 anos é para poucos. Graças a Deus eu consegui", finaliza Fabrício.

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