Férias sem descanso no Mundial de Fórmula 1

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
31/07/2017 às 19:18.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:51
 (Peter KOHALMI/AFP)

(Peter KOHALMI/AFP)

Atividade oficial na pista, apenas dia 25, em Spa-Francorchamps, no primeiro dia de trabalho para o GP da Bélgica, 12ª etapa da temporada. Hoje e amanhã, no entanto, ainda haverá movimentação em Hungaroring, com os dois dias de testes extra-oficiais destinados, em sua maioria, a jovens pilotos (um destaque é a presença do experiente Robert Kubica, que terá, na Renault, seu primeiro contato com um carro da nova geração cinco anos depois do grave acidente em um rali na Itália).

Pelo regulamento do Mundial de Fórmula 1, o período a partir de quinta-feira é de férias, com a exigência de que as sedes dos times não tenham atividade por 14 dias corridos.

Lógico que, de algum modo, as cabeças pensantes do circo encontrarão um modo de driblar a proibição (muito provavelmente no esquema de home office), analisando os dados recolhidos em treinos e corridas e desenvolvendo mudanças aerodinâmicas para a segunda metade do campeonato, com predominância de GPs longe da Europa.

Preocupação especialmente para Ferrari e Mercedes, que duelam pelos títulos de pilotos e construtores sem um favorito definido depois das primeiras 11 etapas.
Nem mesmo os 14 pontos de vantagem de Sebastian Vettel para Lewis Hamilton podem ser considerados uma vantagem tranquila, considerando que 25 são distribuídos ao vencedor de um GP, e o fato de que o alemão está mais próximo da punição por troca de componentes da unidade de potência além do permitido. A Ferrari já usou quatro turbinas no carro do líder, enquanto a Mercedes precisou de três para o W08 do britânico.

O mesmo raciocínio vale na disputa entre as equipes, mas com os postos invertidos. A equipe das Flechas de Prata soma 357 pontos, 39 a mais do que a escuderia do Cavallino Rampante – 43 podem ser somados em caso de uma dobradinha.

Jogo de equipe
O que aumentará a importância da contribuição dos respectivos companheiros de equipe, ambos finlandeses, como já foi o caso domingo, na Hungria. Kimi Räikkönen tinha um carro mais equilibrado do que o de Vettel mas evitou atacar o colega, limitando-se a garantir o segundo lugar e se defender da ameaça de Hamilton.

Já Valtteri Bottas, com 169 pontos, não pode ser descartado da luta pelo título, embora, na própria equipe, seja considerado um Plano B, caso Hamilton enfrente problemas. 

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